O sentimento de pessimismo do brasileiro frente à economia brasileira tem aumentado nos últimos meses, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Os indicadores de confiança de empresários e consumidores voltaram a ceder nos últimos meses, depois de terem apresentado reação no ano passado na esteira do avanço da vacinação contra Covid-19.
O Índice de Confiança Empresarial (ICE), por exemplo, recuou de 101,6 pontos em julho do ano passado para 91,6 pontos em janeiro de 2022. Quando este indicador – que mede o ânimo dos empresários dos diferentes setores sobre a situação atual e o futuro da economia brasileira – está abaixo dos 100 pontos, isto significa que o empresariado está insatisfeito com a situação atual e pessimista quanto ao futuro.
O superintendente de Estatísticas Públicas do FGV Ibre, Aloisio Campelo Jr., explica que “se o empresário acha que a economia não está muito bem, ele tende a investir menos, contratar menos, e isso acaba retroalimentando o pessimismo. A confiança baixa tem influência na redução do PIB”, disse ao UOL.
Os empresários não estão insatisfeitos à toa.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros (Selic) de 2,75% a.a (em 17 de março de 2021) para 10,75% a.a (em janeiro de 2022). E a expectativa do mercado é que a Selic chegue a 12,25% a.a no final de 2022. Em outras palavras, isto significa que para o setor produtivo: o encarecimento do crédito, a paralisação do investimento, o aumento do endividamento e o tombo do consumo.
O economista e ex-ministro da Fazenda durante o governo de José Sarney, Maílson da Nóbrega, destaca que “o aumento da taxa de juros reduz o apetite. Assim, as pessoas adiam a compra da casa própria, por exemplo, porque a prestação ficou incompatível. E o empresário vê sua empresa sufocada por um sistema financeiro caótico, uma taxa de juros caótica. Ele vai perdendo a confiança no futuro”, declarou.
Nesse cenário de juros altos, a economia não cresce, pelo contrário, desaba.
Segundo o Boletim Focus do Banco Central, da última semana (14), na mediana das projeções, o “mercado” financeiro apontou um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022 de 0,30% – ou seja, metade dos consultados acreditam que esse resultado vai ser muito pior do que isto, configurando um quadro de recessão.
Com os juros nas alturas, o desemprego que está na casa dos dois dígitos no Brasil, vai aumentar ainda mais.
Segundo projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil encerrou o ano de 2021 com uma taxa de desemprego de 13,8%. Entre as principais economias que compõem o G20, o Brasil tem a segunda pior taxa de desemprego.
Os dados finais do mercado de trabalho de 2021 do IBGE, ainda não foram divulgados, mas o sentimento de que está faltando emprego no país é grande, sendo percebida nos índices de confiança que abarca os consumidores brasileiros, cujo pessimismo é ainda maior.
Diante da renda arrochada e corroída pela inflação, que acumula alta de 10,38% em 12 meses (até janeiro de 2022), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), cedeu de 82,2 pontos em julho de 2021 para 74,1 pontos em janeiro deste ano. “Ele não sabe se vai conseguir manter seu emprego”. “As empresas, bem ou mal, conseguiram repassar para os preços parte da inflação. Mas as famílias sofreram e estão inseguras”, afirmou Campelo Jr.
A inflação no Brasil, diferente de outros lugares do mundo, está sendo puxada, principalmente, pelos sucessivos aumentos dos preços dos combustíveis, pelo tarifaço da bandeira da conta de luz, assim como, da desvalorização do real frente às demais moedas estrangeiras.
Em doze meses (até janeiro de 2022), os preços administrados pelo governo acumulam alta bem acima da inflação: Etanol (54,95%), Óleo Diesel (45,72%), Gasolina, (42,71%), Gás de botijão (31,78%) e Energia elétrica residencial (27,02%).
As empresas do governo com muito lucro ,cofres cheios a custa de impostos .enquanto o povo é os empresário está com seria dificuldades .juros alto .o BC .DIZ QUE TEM INFLAÇÃO. Só não sei onde .se a economias está parada .só vejo baqueiros cada vez ,mais ricos.nao consigo entender .que política econômica é esta..sou a favor dese governo . Mas a política econômica do Brasil. E sempre sacrificar o povo e os pequeno empresários. Obs. Com as estatais com os cofres cheios .se a esquerda chegar ao poder novamente . A festa da roubalheira vai ser muito grande .o governo que fique atento até antes das eleições. Isto pode custa caro a ele .eu voto nele .mas ele está comessando a perder apoio do povo.
Você é a favor do governo, mas é contra a política do governo, é isso? E o problema são as estatais, mas quem está lucrando são os bancos privados. Um ponto de vista interessante – e surreal.