
Aumento da Selic de 14,75% “é resultado da condução severamente contracionista da política monetária, mesmo diante de sinais de desaceleração da atividade econômica e da recente melhora nas expectativas inflacionárias”, afirma o presidente Flávio Roscoe
A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) manifestou críticas, na última quarta-feira (19), à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, de 14,75% para 15% ao ano.
A entidade avalia que “o aumento da taxa Selic de 14,75% para 15% é resultado da condução severamente contracionista da política monetária, mesmo diante de sinais de desaceleração da atividade econômica e da recente melhora nas expectativas inflacionárias”.
O presidente da FIEMG, Flávio Roscoe, também alerta que a ação do BC irá “restringir ainda mais os investimentos produtivos, ampliar os custos de produção, reduzir a competitividade da indústria brasileira, e levar a impactos negativos sobre a geração de empregos e a renda das famílias”.
Na avaliação de Roscoe, o BC deveria adotar medidas mais equilibradas, que conciliem o combate à inflação com o estímulo ao desenvolvimento econômico e à competitividade industrial.
“É fundamental que as decisões de política monetária sejam pautadas pela cautela, levando em conta os efeitos defasados das medidas já adotadas e o elevado nível de restrição imposto pela atual taxa de juros, a fim de evitar impactos desproporcionais sobre a atividade econômica e o mercado de trabalho”, declarou.