“O Estado de Direito foi ferido. A invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, neste domingo, por vândalos equiparados a terroristas é consequência dos sólidos antecedentes, não apenas retóricos, que indicavam o desenvolvimento de uma trama com intenções golpistas”, afirma Josué Gomes da Silva
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) divulgou nota em que condenou os ataques terroristas cometidos por bolsonaristas no domingo (8) em Brasília.
O presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, destacou no comunicado, intitulado “Em Defesa da Democracia”, que no domingo “infelizmente, aconteceram os graves eventos que buscávamos prevenir com o ato cívico histórico promovido em 11 de Agosto, no Largo São Francisco, quando diversas entidades da sociedade civil, incluindo a FIESP, subscreveram o documento Em Defesa da Democracia e da Justiça. O Estado de Direito foi ferido”, afirmou.
Josué Gomes da Silva destacou que “a invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, neste domingo, por vândalos equiparados a terroristas é consequência dos sólidos antecedentes, não apenas retóricos, que indicavam o desenvolvimento de uma trama com intenções golpistas. O pior aconteceu, e alguns subversivos hostis aos fundamentos do Estado de Direito marcharam sobre a Capital Federal neste domingo com o intuito de provocar, pela força da violência, um golpe contra a Constituição e contra os poderes da República, em suas expressões mais simbólicas e representativas”, escreveu.
“A resposta de repúdio da sociedade tem de ser contundente, apoiando a aplicação mais severa dos termos da lei aos agressores da Democracia e da civilização. Todos, sem exceção, que tomaram parte nesta absurda sedição precisam ser punidos”, exigiu Gomes da Silva. “Como dissemos no documento Em Defesa da Democracia: ‘A estabilidade democrática, o respeito ao Estado de Direito e o desenvolvimento são condições indispensáveis para o Brasil superar os seus principais desafios’”, concluiu o documento.
FIRJAN
A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) também divulgou nota condenando a invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que depredaram e saquearam o patrimônio público.
A entidade afirma que “são condenáveis os atos que extrapolam os limites da Democracia, promovem depredação do patrimônio público e o desrespeito às instituições e aos símbolos do Estado, como os que ocorreram em Brasília, neste domingo (8). A Firjan reafirma seu compromisso com a Democracia e com a construção de um ambiente econômico, social e político que caminhe na direção do desenvolvimento do país”.
Além destas entidades, empresários da indústria e do comércio e a federação dos bancos se manifestaram em nota repudiando os ataques terroristas às sedes dos Três Poderes e em defesa da democracia e do patrimônio do povo brasileiro. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) defenderam “punição exemplar” dos envolvidos no ato golpista.