O deputado federal André Figueiredo (PDT-CE) se pronunciou contra a privatização da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT-Correios) na semana passada (14/10), quando o governo anunciou que encaminhará ao Congresso projeto de lei que prevê a entrega da empresa.
“Temos que lamentar que o ministro das Comunicações [Fábio Faria], em vez de defender essa empresa centenária, que está presente em todos os 5570 municípios do país, com mais de 100 mil trabalhadores, em vez de fazer uma gestão para ter uma empresa cada vez mais rentável, busque entregar ela nas mãos da iniciativa privada”, disse o deputado.
“Quando fui ministro fiz um estudo, transformado em projeto de lei, que fazia dos Correios o operador preferencial de logística da administração direta do país. Isso daria aos Correios uma rentabilidade inigualável”.
“Na contramão disso, o atual governo quer fazer um estudo, gastando dinheiro público de forma ilegal e imoral, para transformar os Correios públicos num produto para ser entregue à iniciativa privada”.
“Como líder da oposição, estaremos na trincheira de luta conta a privatização dos Correios, porque os Correios são uma grande referência para o país. Não aceitaremos privatizações descabidas”.
“Todos os trabalhadores dos Correios podem ter a convicção de que estaremos nas ruas, no Congresso Nacional, onde quer que seja para impedir esse crime de lesa pátria. Não aceitaremos que os vendilhões do país possam fazer dos Correios mais uma mercadoria”, concluiu André Figueiredo.
O pronunciamento foi reproduzido no portal do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios de São Paulo (Sintect-SP), que denunciou o plano do governo de “desmonte e destruição dos serviços dos Correios”.
“O país presencia ataques sem precedentes aos serviços e aos servidores públicos e estatais que exigem resistência da categoria e de todos os trabalhadores”.
“Os Correios estão entre as principais vítimas desse movimento destruidor, vindo de um governo de extrema-direita que age em favor das grandes corporações, desmontando a estrutura estatal para entregar o mercado postal para que elas o explorem e com ele lucrarem”, denuncia o Sindicato.