O brasileiro Filipe Toledo se consagrou bicampeão mundial de surfe no último sábado (9), após vencer o australiano Ethan Ewing em Trestles, na Califórnia, pela etapa final do Circuito Mundial de Surfe (WSL, sigla em inglês).
Este foi o segundo título consecutivo de Filipinho, e o sétimo mundial do Brasil na categoria. No feminino, a estadunidense Caroline Marks bateu a também estadunidense Carissa Moore.
O australiano Ethan Ewing teve roteiro difícil até a final. Três semanas antes da decisão, Ewing fraturou duas vértebras. Mesmo com dores, foi até a decisão e se provou um adversário difícil para Filipinho.
A final foi decidida em duas baterias, mas ambas muito equilibradas. Na primeira, Filipe Toledo fez 17.97 contra 17.23 do australiano, enquanto que, na segunda, o brasileiro fez 14.27 frente a 12.37 do rival.
Filipe Toledo precisou superar uma lesão no joelho no meio da temporada para conseguir competir em Trestles.
O brasileiro se machucou na etapa de Saquarema, no Brasil, e voltou para ganhar em J-Bay, na África do Sul. Filipinho não apenas conseguiu o título da etapa como se garantiu no primeiro lugar do ranking e também sua vaga em Paris 2024.
Com o resultado, o Brasil chega ao sétimo título e aumenta o domínio no esporte. Nas últimas nove edições, apenas duas não foram vencidas por surfistas brasileiros: John John Florence, do Havaí, ganhou em 2016 e 2017.
O maior campeão do país é Gabriel Medina, dono de três títulos (2014, 2018 e 2021). Filipinho, agora, tem duas (2022 e 2023). Já Adriano de Souza (2015) e Italo Ferreira (2019) ganharam uma vez cada, o último também ficou com a medalha de ouro na estreia do surfe nas Olimpíadas, em Tóquio, no ano de 2021.
No retrospecto geral, A Austrália é a maior campeã, com 20 taças entre os homens e 24 com as mulheres.