Lixo proveniente da Inglaterra, disfarçado de “comédia de humor negro” de título ‘A Morte de Stalin’, foi banido dos cinemas russos dias antes de ser lançado, depois de acusado de “extremismo” e “insulto” por parlamentares e intelectuais russos, e terá sua situação final definida pelo ministério da Cultura russo.
Carta assinada por artistas e intelectuais russos denunciou que o filme “distorce e história de nosso país e agride a memória de nossos cidadãos, que derrotaram o fascismo”. A carta registra, ainda, “atitude ofensiva ao hino soviético” no trailer do filme.
Para a vice-presidente do comitê de Cultura da Duma [parlamento] e atriz, Elena Drapeko, “esta é a difamação absoluta, um jogo de blefar projetado para nos convencer de que nosso país é terrível, e as pessoas e os governantes são todos tolos – tudo é distorcido, do hino aos personagens”.
Supostamente o filme retrataria “o choque, a desordem e a luta pelo poder entre os altos funcionários soviéticos depois que Joseph Stalin faleceu em março de 1953”. Entre os signatários do pedido de banimento do filme está o cineasta vencedor do Oscar Nikita Mikhalkov.
O membro do Conselho Público do Ministério da Cultura, Pavel Pozhigailo, alertou que o filme “insulta nossos símbolos históricos” e retrata o principal comandante militar na derrota de Hitler, o marechal Zhukov, “como um bobalhão”.
“Nas condições atuais de guerra de informação, devemos começar a viver de acordo com as leis de guerra”, acrescentou Drapeko. “Claro, em um ambiente calmo – quando não há tentativas de nos destruir nos esportes e na economia -, podemos ser complacentes e amigáveis com tudo o que nos está sendo enviado. Mas agora – quando uma provocação segue outra – eu acredito que devemos pensar isso e limitar as possibilidades de disseminação de informações prejudiciais para a moral e a segurança de nosso país”.