Argino Bedin, chamado de “rei da soja” e íntimo de Bolsonaro, compareceu à CPMI munido de habeas corpus do STF
O empresário bolsonarista Argino Bedin, denunciado por financiar os atos golpistas contra os prédios dos Três Poderes, está em silêncio durante a fase de depoimento à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do Golpe de 8 de janeiro nesta terça-feira (3).
Ele abriu mão até mesmo do pronunciamento inicial oferecido aos depoentes, e não respondeu às perguntas feitas pela relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA).
Na segunda-feira (2), o ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu habeas corpus parcial a Argino Bedin, após pedido da defesa.
Pela decisão, ele devia comparecer ao depoimento, mas podia ficar em silêncio para não se incriminar.
DECISÃO LIMINAR
“Entendo que o paciente não está dispensado da obrigação de comparecer perante a CPMI. Dessa maneira, defiro parcialmente o pedido de liminar para assegurar ao paciente o direito constitucional ao silêncio, incluído o privilégio contra a autoincriminação, para não responder, querendo, a perguntas potencialmente incriminatórias a ele direcionadas, bem como o direito de ser assistido por seus advogados e de comunicar-se com eles durante sua inquirição, garantindo-se a esses todas as prerrogativas previstas na Lei”, escreveu Toffoli.
“PAI DA SOJA”
Conhecido como “pai da soja” em Mato Grosso, Bedin é sócio de ao menos 9 empresas e, em dezembro de 2022, foi alvo do ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Moraes bloqueou a conta do empresário, de outras 9 pessoas e 33 empresas, em investigação pelo financiamento dos atos que fecharam rodovias em todo o Brasil após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições presidenciais de outubro de 2022.
M. V.
Angino Bendi: conhecido por rei da soja atiçou o golpe para beneficiar o Bolsonaro, agora vai ser investigado e responder criminalmente pela capangada te desejo todo rigor da lei. A verdade acima de tudo.