O presidente Sauli Niinistö, que fez campanha contra a entrada da Finlândia na Otan e mantém relações amigáveis com a Rússia, foi reeleito no 1º turno por ampla vantagem, com 62,7% dos votos. Quando a abertura das urnas começou a mostrar o alcance da vitória, Niinistö se declarou “muito surpreso com tamanho apoio. Eu devo pensar muito como ser digno disso”.
Niinistö, que já presidiu o Partido da Coalizão Nacional (conservador), se candidatou como independente porque este agora defende o ingresso na Otan. A Finlândia faz parte da União Europeia. Pesquisa realizada em novembro do ano passado mostrou que a maioria da população é contra a anexação pela Otan.
Como independente, Niinistö precisou angariar 150 mil assinaturas de apoio à sua candidatura, ao invés das 20 mil quando é o partido que indica. Outros seis candidatos concorreram, nenhum deles com mais de 7% dos votos.
“Minha posição se baseia em que não temos nenhuma necessidade de mudar nossa política atual (de neutralidade)”, afirmou Niinistö à rádio e TV estatal finlandesa YLE. Ele acrescentou que tal questão só poderia ser decidida por um referendo.
Niinistö também lembrou que a vizinha Rússia considera a OTAN como uma ameaça a sua segurança e não aceita “que essa ameaça se aproxime de suas fronteiras”.