
“Estamos preocupados pelo preço do petróleo e, também, pelos impactos do fechamento do Estreito de Ormuz. Isso joga luz sobre quão importante é a recomposição das nossas reservas”, afirmou Karine Fragoso, gerente geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da entidade
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) defendeu nesta segunda-feira (23) a importância do Brasil aumentar suas reservas de petróleo e a capacidade de refino diante do ataque dos Estados Unidos ao Irã, ocorrido na madrugada de domingo (22), para enfrentar possíveis crises no abastecimento global.
De acordo com a entidade, “o possível encarecimento do petróleo no mercado internacional, com o agravamento do conflito no Oriente Médio e a possível interrupção da circulação de petróleo, deve elevar os custos de produção em todo o mundo, reforçando o aumento de preços dos derivados e se espalhando por outras indústrias”.
A declaração foi feita em meio à escalada da guerra de Israel e dos EUA contra o Irã e à decisão aprovada no Congresso iraniano de fechar o Estreito de Ormuz, principal rota de escoamento do Golfo Pérsico, por onde circulam 20% do petróleo consumido globalmente e mais de 35% do Gás Natural Liquefeito (GNL).
“Estamos preocupados pelo preço do petróleo e, também, pelos impactos que o fechamento do Estreito de Ormuz pode ter em outras cadeias de produção”, afirmou Karine Fragoso, gerente geral de Petróleo, Gás, Energias e Naval da Firjan.
“Isso joga luz sobre quão importante é a recomposição das nossas reservas”, ressaltou Denise, ao defender a exploração da Margem Equatorial e da Bacia de Pelotas, novas fronteiras petrolíferas.
“De acordo com o Anuário do Petróleo no Rio 2025, publicação lançada recentemente pela Firjan, temos menos de 13 anos, o que nos acrescenta riscos desnecessários e nos coloca numa posição de desvantagem frente a outras economias”, ressaltou Karine, alertando para a necessidade de exploração das cinco bacias da Margem Equatorial e da Bacia de Pelotas, já que há dez anos o Brasil tinha 23 anos de reservas provadas.
Sobre o refino, a diretora da Firjan defendeu que é preciso aumentar a capacidade de refino para o óleo produzido no Brasil, adequando o parque industrial, que remonta à década de 80