Em sua terceira conquista consecutiva no aparelho, ginasta leva o ouro na Hungria; equipe brasileira soma seis pódios no evento, último antes do Mundial da Indonésia
Pela terceira temporada consecutiva em etapas do circuito internacional, a ginasta Flávia Saraiva subiu ao pódio na trave de equilíbrio. Desta vez, no domingo (28 de setembro), o lugar mais alto foi dela. A mineira, que completa 26 anos nesta terça-feira (30), conquistou a medalha de ouro no último dia da Challenge Cup Szombathely 2025, liderando uma campanha de sucesso do Brasil na competição, que rendeu ao país um total de seis medalhas.
Flávia, que já havia comandado as classificatórias, confirmou o favoritismo com uma rotina sólida e elegante, marcando 13.800 pontos. A nota lhe garantiu uma vantagem confortável de mais de meio ponto sobre a vice-campeã, a espanhola Alba Petisco (13.250). A húngara Gréta Mayer ficou com o bronze, ao marcar 13.100.
A vitória na Hungria consolida uma trajetória de sucesso de Saraiva no aparelho. Em 2023, ela faturou o bronze na Challenge Cup de Paris. No ano seguinte, em 2024, subiu um degrau e garantiu a prata em Antália, na Turquia. Agora, em 2025, a evolução foi coroada com o ouro.
PÓDIOS
O domingo de conquistas para a ginástica artística brasileira não se limitou à trave. No solo, o país celebrou um pódio duplo. Júlia Soares garantiu a medalha de prata com 12.550 pontos, enquanto Júlia Coutinho ficou com o bronze, ao marcar 12.250. O ouro ficou com a romênia Denisa Golgota (12.750).
No masculino, a experiência de Caio Souza falou mais alto. O ginasta conquistou a medalha de prata nas barras paralelas, somando 14.150 pontos, ficando a apenas 0.1 ponto do turco Ferhat Arican, que venceu a prova.
Com os quatro pódios de domingo, somados aos dois conquistados no sábado – incluindo o bronze de Ana Luiza Lima nas barras assimétricas, sua primeira medalha no circuito internacional –, o Brasil encerrou sua participação na Hungria com um saldo de seis medalhas: um ouro, três pratas e dois bronzes.
PREPARAÇÃO PARA O MUNDIAL
Mais do que o brilho das medalhas, a competição na Hungria teve um peso estratégico para a Confederação Brasileira de Ginástica. O evento foi o último desafio internacional antes do Campeonato Mundial de Ginástica Artística de 2025, agendado para Jacarta, na Indonésia, entre 19 e 25 de outubro.
A prova serviu como um termômetro decisivo para a formação da equipe que representará o país no principal evento do ano. O foco da comissão técnica foi observar o desempenho e a consistência dos atletas sob pressão.
A preparação, no entanto, não para. Os nove ginastas que competiram em Szombathely não retornarão ao Brasil. O grupo segue diretamente para Doha, no Catar, onde se juntarão a Sophia Weisberg, Patrick Corrêa e Tomas Florêncio para um período de aclimatação que vai de 29 de setembro a 14 de outubro. A partir de lá, a equipe brasileira que tentará garantir vagas olímpicas no Mundial será definida, com os olhos do país voltados para mais um capítulo promissor da ginástica nacional.
