
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho 01 de Jair Bolsonaro (PL), foi o primeiro integrante da família a falar sobre o resultado das urnas, desde que a vitória de Lula (PT) nas eleições presidenciais foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no domingo (30).
Flávio, que atuou como coordenador da campanha do pai à reeleição, se pronunciou na tarde da segunda-feira (31) – cerca de 20 horas após a confirmação da derrota nas urnas.
“Obrigado a cada um que nos ajudou a resgatar o patriotismo, que orou, rezou, foi para as ruas, deu seu suor pelo país que está dando certo e deu a Bolsonaro a maior votação de sua vida! Vamos erguer a cabeça e não vamos desistir do nosso Brasil! Deus no comando!”, escreveu no Twitter, horas depois que o Brasil, nas urnas, desistiu do bolsonarismo.
No domingo, Bolsonaro recebeu 58.206.354 votos, enquanto Lula recebeu 60.345.999 votos. No primeiro turno, o candidato do PL havia obtido 51.072.345 votos (43,2% dos válidos), em 2 de outubro. Lula recebeu 57.259.504.
Bolsonaro quebra o padrão dos chefes de Estado brasileiros eleitos a partir de 1994 – todos foram reeleitos para um segundo mandato: Fernando Henrique Cardoso (em 1998), Lula (2006) e Dilma Rousseff (2014).
A derrota de Bolsonaro era considerada provável, tendo em vista o desastre que foi o seu governo, em praticamente todas as áreas.
Não custa lembrar que, atualmente, pelo menos 33 milhões de brasileiros estão passando fome todos os dias.
Além do negacionismo com que tratou a pandemia de Covid-19, apontado como responsável pela morte de centenas de milhares de brasileiros, a gestão de Jair Bolsonaro foi caracterizada pelo estrangulamento dos recursos para saúde, educação, ciência e tecnologia e também por ameaças quase que diárias à democracia.