Para o governador maranhense “a Nova República morreu, quem enterrou foi a Lava Jato e o que sobrou disso tudo é o Bolsonaro”
Em debate promovido pelo canal do YouTube da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o governador Flávio Dino (PCdoB) afirmou que Bolsonaro não age por impulsividade sim de forma planejada, para promover o caos. “Ele tem carências gerenciais e precisa esconder isso de alguma maneira”, diz o governador do Maranhão.
Durante o debate, Dino afirmou que Bolsonaro não é alguém que representa entidades empresariais ou lideranças de um segmento de classe. “Ele é fruto de um fenômeno de massas sustentado por robôs, fake news e um discurso marcado pela agressividade. Isso o condena a ser o que ele é”, diz Dino, lembrando que o problema é ser tudo isso quando se é presidente da República. “O presidente tem funções simbólicas fortes, a palavra presidencial é um poder. Se o presidente destrata um jornalista, no dia seguinte um apoiador seu chuta o jornalista porque a palavra presidencial induz a isso”, garante o governador.
Ao lado do governador do Goiás, Ronaldo Caiado, Flávio Dino discutiu sobre o Covid-19 e a crise do federalismo brasileiro, em debate promovido pela FGV e transmitido ao vivo nesta terça-feira (5). Os dois representantes do executivo estadual destacaram a ação dos governadores em detrimento da ausência de coordenação nacional do Governo Federal diante da pandemia que assola o país.
“Como falta essa coordenação na dimensão vertical, resta explorar ao máximo o federalismo horizontal ou regional. Temos um antecedente histórico que é a Sudene, do Celso Furtado, no governo Juscelino Kubitscheck. Uma organização tão poderosa que sobreviveu há muitas mudanças políticas, de Juscelino a Bolsonaro. Certamente os consórcios são boas sementes, essas parceiras vão se estabelecer e mostrar que esse é o caminho para o federalismo brasileiro” concluiu Flávio Dino.
Reproduzido do Portal Vermelho