Ministro da Justiça mostrou que em 2022 foram apreendidos somente R$ 330 milhões de bens do crime organizado. Esse montante subiu, no primeiro ano de governo Lula, para R$ 3 bilhões
O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que a associação feita pelo Estadão entre Flávio Dino e membros do Comando Vermelho não tem qualquer base na realidade e, “quando você olha essa história, não sobra rigorosamente nada”.
“Obviamente que é um desespero político de quem está insatisfeito com o combate ao crime organizado que nós estamos fazendo”, disse o ministro.
Dino contou que em 2022, último ano do governo Bolsonaro, foram apreendidos apenas R$ 330 milhões de bens do crime organizado. Esse montante subiu, no primeiro ano de governo Lula, para R$ 3 bilhões.
O Estadão produziu uma reportagem noticiando a presença de uma condenada por tráfico em reuniões com o Ministério da Justiça.
No entanto, a mulher em questão só veio a ser condenada sete meses depois das reuniões no Ministério.
“Essa senhora nunca encontrou comigo, nunca me viu e eu nunca falei com ela na vida. Como é que eu vou parar nisso? Pura luta política”, comentou Flávio Dino.
O próprio apelido “Dama do Tráfico”, usado pela reportagem, nunca tinha sido usado para se referir à Luciana Barbosa.
“Os secretários que receberam praticaram algum ato ilegal? Beneficiaram, supostamente, o Comando Vermelho em quê?”, questionou.
“Eu confio na minha equipe e não demito secretário de modo injusto. Curvar, vergar, recuar, desanimar? Não faz parte do meu dicionário”, completou Dino.
A reportagem do Estadão deu um impulso à indústria de fake news dos bolsonaristas, que passaram a compartilhar que o governo Lula era aliado do Comando Vermelho.
O vereador de São Paulo, Fernando Holiday, inventou e publicou que Dino teria se encontrado, conversado e tirado fotos com a traficante Luciana. O vídeo que ele usou, porém, é de uma humorista.
O deputado Gustavo Gayer (PL-GO), notório aliado de Bolsonaro e usuário de fake news, disse a seus seguidores que o Brasil é “presidido pelo crime organizado”.