O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), usou sua conta do Twitter na sexta-feira (26) para reagir ao ataque de Bolsonaro e seu novo ministro da Educação, Abraham Weintraub, contra o ensino de ciências humanas nas universidades brasileiras.
Ele afirmou que manterá “o respeito aos cursos de filosofia e sociologia” no Estado. Para Dino, “sem ideias e pensamento crítico nenhuma sociedade se desenvolve de verdade”.
“No âmbito estadual, sempre manterei o respeito aos cursos de filosofia e sociologia. Sem ideias e pensamento crítico nenhuma sociedade se desenvolve de verdade. E não haverá o bem viver que tanto buscamos como direito de todos”, ressaltou.
Bolsonaro afirmou que o Ministério da Educação “estuda descentralizar investimento em faculdades de filosofia e sociologia”. As declarações, feitas no perfil de Bolsonaro no Twitter, foram uma repetição de afirmações feitas pelo ministro na quinta-feira (25), durante uma transmissão ao vivo no Facebook.
As declarações de Bolsonaro e Weintraub repercutiram de forma negativa entre entidades acadêmicas.
“As declarações do ministro e do presidente revelam ignorância sobre os estudos na área, sobre sua relevância, seus custos, seu público e ainda sobre a natureza da universidade. Esta ignorância, relevável no público em geral, é inadmissível em pessoas que ocupam por um tempo determinado funções públicas tão importantes para a formação escolar e universitária, para a pesquisa acadêmica em geral e para o futuro de nosso país”, afirmou a Associação Nacional de Pós-graduação em Filosofia (Anpof) em nota subscrita por 27 associações de pesquisadores de áreas de humanidades.