Governador do Maranhão disse esperar que a COP-26 seja capaz de inspirar novas iniciativas no Brasil “para que essa distância entre aquilo que desejamos e o que vemos, possa ser reduzida”
Às vésperas da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), foi um dos palestrantes de um evento virtual, na segunda-feira (25), que discutiu o papel dos governos estaduais no fortalecimento e desenvolvimento sustentável na Amazônia.
O evento, promovido pelo Instituto Brasil, contou com painel sobre oportunidades e desafios para captar investimentos e promover o crescimento da floresta brasileira.
“Quando falamos de economia e recuperação verde, falamos de um caminho imprescindível e emergencial. Sabemos do debate geral sobre segurança climática, sustentabilidade, aquecimento global, mudanças climáticas e biodiversidade. Tudo isso encontra concretude nesse abismo que há entre compromissos genericamente anunciados, compromissos generosos e importantes, e a realidade tão dura que estamos vivendo no Brasil, especialmente na Amazônia”, avaliou Flávio Dino.
Segundo o governador, as expectativas em relação à conferência da ONU é que ela possa orientar decisões em esfera global, mas que seja capaz de inspirar novas iniciativas no Brasil “para que essa distância entre aquilo que desejamos e o que vemos, possa ser reduzida”.
A COP-26 vai reunir países do mundo todo em Glasgow, na Escócia, de 1º a 12 de novembro, para discutir a implementação do Acordo de Paris, que é considerado um dos mais importantes compromissos multilaterais para a redução de emissão de gases de efeito estufa.
Em sua palestra, Flávio Dino destacou a importância do Plano de Recuperação Verde (PRV), coordenado pelo Consórcio de Governadores da Amazônia Legal.
“Nosso objetivo ao apresentar o Plano de Recuperação Verde é ter uma contribuição específica dos Estados, nesse processo de superação da tão profunda crise brasileira”, frisou.
O Plano de Recuperação Verde (PRV) se tornou um agente central nos debates pró-Amazônia. A medida consiste num conjunto de iniciativas para reconstrução da Amazônia, com ações nos eixos do desmatamento, desenvolvimento sustentável, tecnologia verde e infraestrutura. Paralelamente, o destino da Amazônia passou a definir a posição do Brasil no mundo e sobre seu relacionamento com outras nações.
Outro palestrante no evento, o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), defendeu o aprofundamento dos pressupostos da chamada economia verde para manter a floresta em pé e garantir uma plataforma de novos negócios e investimentos para a população.
“É fundamental que nós possamos ter a compreensão de que, neste momento, temos que agir sob alguns ângulos. Temos atuado para produzir mais com o que já está consolidado, investindo em manejo, por exemplo, para que possamos demonstrar para quem produz que é possível manter a floresta em pé e produzir em escala maior”, disse.
O Instituto Brasil é uma instituição que atua pela promoção da compreensão da realidade do Brasil e em apoio a relações entre instituições brasileiras e americanas, em todos os setores.
A entidade desenvolve o Programa de Mudança Ambiental e Segurança (ECSP), que explora conexões entre mudança ambiental, saúde e dinâmica populacional e suas ligações com conflito, insegurança humana e política externa.