“Não é um tema sobre o qual ele tenha conhecimento relevante”, acrescentou o governador respondendo às agressões do “capitão cloroquina” e suas insinuações de que os maranhenses não trabalham
O governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), rebateu a baixaria e as provocações de Jair Bolsonaro contra os maranhenses e afirmou na quinta-feira (8), através de suas redes sociais, que Bolsonaro é o tipo da pessoa que não tem legitimidade nenhuma para falar em trabalho.
A afirmação é uma resposta à provocação, feita por Bolsonaro, de que no Maranhão os servidores públicos da saúde não trabalham.
“Mais uma vez, o presidente da República usa sua esdrúxula live semanal para difundir mentiras sobre o Maranhão. Como é público e notório, falta legitimidade a ele para falar em trabalho. Não é um tema sobre o qual ele tenha conhecimento relevante”, disse Flávio Dino, rebatendo os ataques de Bolsonaro aos maranhenses e, particularmente aos servidores da Saúde do estado.
Depois de agredir o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), na noite de quarta-feira (7) chamando-o de “vagabundo”, no jantar em uma mansão dos Jardins, Zona Oeste de São Paulo, Jair Bolsonaro desrespeitou os maranhenses.
Insinuou, em sua live desta quinta-feira (8), sem nenhum dado concreto, que a vacinação naquele Estado do Nordeste estaria atrasada por falta de empenho dos servidores da saúde na imunização da população. Agrediu os servidores do Maranhão e o governador do Estado mentindo sobre prefeituras que supostamente estariam tendo dificuldades para receber as vacinas do governo do Estado.
Desde o início da pandemia, Jair Bolsonaro não faz outra coisa a não ser sabotar a luta contra Covid-19, em particular a luta pela obtenção das vacinas. Ele não comprou as vacinas, ironizou a CoronaVac, do Butantan. Fez campanha pública contra as vacinas. Se recusou até a tomá-la. Bolsonaro promoveu aglomerações, combateu as máscaras. Chamava quem as usava de “maricas.” Insiste o tempo todo no charlatanismo da cloroquina e da ivermectina, drogas sabidamente ineficazes contra a Covid-19.
Agora que as mortes dispararam, ele acha que convence alguém de que é ele quem trabalha pelas vacinas e que os governadores não fazem nada.
Para tentar emplacar essa narrativa fraudulenta, Bolsonaro manipulou os números de vacinas aplicadas em relação ao total de imunizantes disponibilizados. Informou que foram repassadas 45 milhões de doses aos Estados e que somente metade desse número foi utilizado na vacinação. Claramente para tentar passar que ele forneceu as vacinas e os governadores não estão vacinando.
Pura enganação. Ele esconde que esse número de vacinas disponibilizadas aos Estados é suficiente para vacinar 22,5 milhões de pessoas com as duas doses necessárias para proteger a população. Ao contrário do que ele insinuou, os Estados já vacinaram 22, 1 milhões de pessoas com a primeira dose e mais outros 6,3 milhões com a segunda dose.
Ou seja, um total de 28,5 milhões de vacinas foram utilizadas. A vacinação está, portanto, em ritmo bastante acelerado nos Estados. Só não está melhor por falta de garantia de novas vacinas por parte do governo federal.
Os governadores já vacinaram tudo o que era possível com as 45 milhões de doses que receberam do Ministério da Saúde e ainda foram além. Eles até entraram em parte das vacinas que estão reservadas para a segunda dose. Não há, portanto, atraso nenhum na vacinação nos Estados.
O que há é uma sabotagem do governo federal que não mexe um dedo para obter mais vacinas. Com isso, Bolsonaro não garante que haverá imunizantes suficientes para completar a vacinação da população brasileira.
O capitão cloroquina não só sabota o programa nacional de imunização como ainda atrapalha quem está querendo comprar as vacinas, como é o caso do Consórcio de governadores do Nordeste. Os governadores do Nordeste já adquiriram 37 milhões de doses da vacina russa Sputnik V, mas a Anvisa, agência controlada por Antônio Barra Torres, um prócer de Bolsonaro, não dá a autorização para a entrada da vacina russa o país. Estão há meses protelando a aprovação do uso emergencial da vacina.
Os chefes dos executivos estaduais, inclusive, já denunciaram que os empecilhos colocados pela Anvisa à aprovação emergencial da Sputnik V são absurdos e completamente ilegais. Eles anunciaram que vão acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a importação dessas vacinas.
A legislação especial da pandemia definiu que, neste quadro da maior e mais grave crise sanitária dos últimos cem anos, qualquer vacina já aprovada em agências reconhecidas internacionalmente podem ser usadas no Brasil. Este é o caso da Sputnik V, mas a Anvisa não aprova. O que Jair Bolsonaro e a direção da Anvisa, nomeada por ele, estão fazendo contra as vacinas tem um nome: sabotagem aberta.
Esse presidente nada aprendeu durante toda sua vida a não mentir e agredir pessoas e instituições é autoritário, maldoso, arruaceiro e outras coisa do gênero, estamos vivenciando o caos total, espero que todos os democratas estejam unidos, precisamos encontrar uma saída dentro da lei, que não sejamos covardes acorda Brasil.