“Nem o mandato presidencial é incondicional e ilimitado”, argumentou. “Com essa moldura jurídica, fica mais clara a legitimidade do debate sobre juros”, destacou o ministro
“Autonomia não é soberania”, afirmou o ministro da Justiça Flávio Dino na sexta-feira (10), ao comentar a questão da autonomia do Banco Central e as taxas de juros. “Todos os órgãos administrativos estão sob a autoridade do Chefe de Governo delegatário da vontade popular”, argumentou Dino.
Ele destacou em suas redes sociais que “nem o mandato presidencial é incondicional e ilimitado”. “Com essa moldura jurídica, fica mais clara a legitimidade do debate sobre juros”, destacou o ministro, endossando as críticas feitas pelo presidente da República às altas taxas de juros que estão sendo adotadas no Brasil pelo Banco Central.
Nas últimas semanas, o presidente Lula passou a cobrar uma explicação do presidente do Banco Central sobre o motivo dos juros serem tão altos no Brasil. O país possui hoje a maior taxa de juros reais (descontada a inflação) do mundo. Lula lembrou que a inflação atual não é de demanda e afirmou que não há justificativa para os juros básicos estarem em 13,75%.
O presidente Lula pediu também que os ministros da área econômica acompanhem situação e disse que o Senado pode rever a permanência de Campos Neto no cargo. “Ele deve explicações não a mim, mas ele deve explicações ao Congresso, que o indicou. […] Esse cidadão, que foi indicado pelo Senado, tem a possibilidade de maturar, de pensar e de saber como é que vai cuidar desse país”, disse Lula.
“No tempo do [Henrique] Meirelles no Banco Central”, prosseguiu o presidente, “era fácil jogar a culpa no presidente da República. Agora não. Agora a culpa é do Banco Central porque o presidente não pode trocar o Banco Central, é o Senado que pode mexer ou não”, acrescentou Lula.
o deus mercado, a direita reacionária e a elite gananciosa estão querendo que Lula seja uma rainha da Inglaterra, só que não. Lula está governando, e tem sim todo direito de questionar os juros imorais determinados pela política perversa e anti-pobre do campos neto, presidente do Banco Central que é autônomo, mas esta se tornando um feudo do mercado.