O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse que “se Bolsonaro quer me tirar do governo do Maranhão, um bom caminho é lançar um bolsonarista assumido nas eleições de 2022. Em 2018, não chegaram a 10%”.
Na terça-feira (27), Jair Bolsonaro atacou Flávio Dino e acusou João Doria, governador de São Paulo, de ter aumentado os impostos
“Tem que tirar o PCdoB de lá, pelo amor de Deus. Só aqui no Brasil mesmo comunista falando que é democrático”, disse Bolsonaro a apoiadores.
“Tem um estado que aumentou imposto no Brasil: São Paulo. Aumentou barbaramente produtos da cesta básica, lamentavelmente, e está cobrando imposto até do cara com deficiência que compra carro. Uma barbaridade”, continuou.
Para Flávio Dino, “em vez de vir cuidar de trabalho sério, que o governo federal deve fazer imediatamente, Bolsonaro diz que vem ao Maranhão para esse tipo de agenda: agressões e campanha eleitoral. Tudo com dinheiro público”.
“Desde a semana passada, Bolsonaro cria confusão com uma suposta visita ao Maranhão. No que depender de mim, ele pode ir onde quiser, não enfrentará protestos e terá a proteção da polícia do Maranhão. Não precisa ter medo. Aqui somos sérios e temos muito trabalho que nos ocupa”, acrescentou.
João Doria disse que “quem aumentou o mais cruel dos impostos foi o presidente Bolsonaro com a volta da inflação”.
“No seu governo, a extrema pobreza não para de crescer e a miséria já atinge 13,8 milhões de brasileiros”, continuou Doria.
“Ao invés de buscar soluções para alimentar os mais pobres, o presidente tenta esconder o que todo mundo vê: o óleo de cozinha subiu 30%, o arroz 16% e o leite mais 7%. Enquanto quase 14 milhões de brasileiros não têm o que comer, Bolsonaro só se preocupa com a sua fome de poder”, completou.
Doria negou que tenha aumentado os impostos no estado. “O presidente Bolsonaro segue sendo um desinformado. São Paulo não fez e não fará nenhum aumento de imposto. Fizemos sim a reforma administrativa que ele, Bolsonaro, não teve coragem de fazer no plano federal”, afirmou.
“Se Bolsonaro ficasse mais preocupado em governar e menos em atacar adversários, poderia fazer algo de útil para o país. Governe para o Brasil, Bolsonaro, e não para seus interesses políticos e ideológicos”, completou.