O filho 03 mentiu e disse que o ministro da Justiça se encontrou com traficantes no Complexo da Maré, Rio de Janeiro. “Agrediu 30 pessoas que estavam participando da reunião. Quem são essas pessoas? Jovens e pesquisadores que foram me entregar um documento”, afirmou Dino
O ministro da Justiça, Flávio Dino, anunciou que vai processar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por crimes contra a honra e racismo cometidos ao mentir sobre uma reunião entre Dino e moradores no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.
Dino se reuniu com lideranças sociais, jovens e pesquisadores, mas Eduardo Bolsonaro disse nas redes sociais que o ministro estava negociando com organizações criminosas.
“No início, eu nem cogitei entrar com representações porque essa gente não merece muita atenção. Mas depois fiz uma reflexão quanto à agressão a milhares de pessoas sérias e honestas que, só por serem pobres, estão sendo estigmatizadas de modo vil e covarde”, afirmou Dino em entrevista ao UOL News.
Os processos serão pelo crime de racismo e crimes contra a honra, devido às calúnias criadas e disseminadas pelo filho de Jair Bolsonaro. Flávio Dino falou que vai “entrar com todas as ações e representações possíveis”.
“Em primeiro lugar, há racismo”, apontou o ex-juiz. “Temos uma lei votada no Congresso Nacional e sancionada no começo de janeiro que diz que discriminação em relação à raça ou procedência, você está cometendo o crime de racismo”, explicou.
“Se fosse só eu, eu iria rebater apenas politicamente. Como eles agrediram centenas de milhares de brasileiros, a linha será essa [processo por racismo]. Na minha ótica, são pessoas racistas”.
Houve também “quebra de decoro, porque é uma mentira deslavada que fui me reunir com os chefes do tráfico”. Nas publicações, Eduardo disse que Flávio Dino chegou ao local sem nenhuma segurança policial, o que seria um indicativo de um suposto acordo com o tráfico.
“Óbvio que havia segurança”, rebateu Dino. “O que não havia era medo do povo. Eu não tenho medo de conversar com o povo simples e humilde do Brasil”.
“Essa gente vai em campanha eleitoral à favela da Maré e a outras pedir voto. Depois, diz que quem vai lá é amigo de bandido, como se todos os moradores fossem bandidos. Isso é execrável, hediondo, asqueroso. É inadmissível”, continuou.
“Há crimes contra a honra que também estão sendo analisados e são objetivos das providências que irei anunciar. Eles afirmaram e agrediram 30 pessoas que estavam participando da reunião. Quem são essas pessoas? Jovens e pesquisadores que foram me entregar um documento”.
Eduardo Bolsonaro falou, ainda, que havia um “nível de envolvimento” de Dino e Lula com o “crime organizado carioca”.
“Flávio Dino, o ministro que entra na Maré, complexo de favelas mais armado do Rio, com apenas 2 carros e sem trocar tiros. Vamos convocá-lo na Comissão de Segurança Pública para explicar o nível de envolvimento dele e seu chefe, Lula, com o crime organizado carioca. Isto é um absurdo!”, dizia a postagem.
No entanto, é a própria família Bolsonaro que tem fortes ligações com as milícias do Rio de Janeiro. Em 2003, quando ainda era deputado, Jair foi à tribuna da Câmara defender a presença de “grupos de extermínio” no Brasil. “Se não houver espaço para ele na Bahia, pode ir para o Rio de Janeiro. Se depender de mim, terão todo o meu apoio…”, disse na época.
Flávio Bolsonaro, no ano de 2007, quando era deputado estadual e mantinha funcionários-fantasma e organizava uma “rachadinha em seu gabinete”, defendeu abertamente as milícias.
Segundo ele, trata-se apenas de “um conjunto de policiais, militares ou não, regidos por uma certa hierarquia e disciplina, buscando, sem dúvida, expurgar do seio da comunidade o que há de pior: os criminosos”. O então deputado não comentou sobre a extorsão e a violência cometida pelos milicianos contra os cidadãos e comerciantes.
Flávio mantinha como assessoras em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) a esposa e a mãe do miliciano Adriano da Nóbrega, ex-chefe do “Escritório do Crime”, que teve envolvimento direto no assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, realizado em 2018.
O povo quer saber qual a origem do dinheiro que a família Bolsonaro comprou 107 imóveis sendo que 51 destes imóveis foram comparados com dinheiro vivo é isto que vocês tem que explicar e agora joias que Bolsonaro disse que não tinha pedido nem recebido recebeu sim e por oito vezes tentou liberar outras joias no valor de 16,5 isto é pura propina não há explicação isto é muito crime afora a minuta do golpe e o rompo de 400 milhões durante o seu desgoverno.