Florianópolis e Porto Alegre têm debate sobre ação genocida de Israel

Pintura do cemitério de San Juan Comalapa, que ilustra a capa do livro Guatemala e Palestina sob o tacão genocida de Israel

Livro do jornalista Leonardo Wexell Severo, repórter internacional do HP, denuncia a cumplicidade da mídia hegemônica com os crimes do sionismo e do imperialismo na Palestina e Guatemala, reforçando o papel da solidariedade na luta contra a opressão e o terrorismo de Estado. Lançamento acontece nos próximos dias 5 (quarta) e 7 de novembro (sexta)

O livro “Guatemala e Palestina sob o tacão genocida de Israel – Uma história silenciada pela mídia hegemônica” (Editora Papiro, 126 páginas, R$ 35) será debatido nos próximos dias 5 (quarta-feira) em Florianópolis e 7 (sexta) em Porto Alegre com o autor, o jornalista Leonardo Wexell Severo, repórter internacional do Hora do Povo e membro do Sindicato dos Escritores de São Paulo.

Severo teve contato com a prática dos sionistas “que se converteram em judeus nazistas” – como descreveu José Saramago – no país centro-americano em 2013 e 2024, e na Palestina, em 2000 e 2015. “Nos dois países pude presenciar as barbaridades impostas aos seus povos, sempre com a sustentação do imperialismo estadunidense. Somente na ditadura guatemalteca entre 1960 e 1996, oficialmente, foram 200 mil mortos e mais de 45 mil desaparecidos – cinco mil crianças”, denunciou.

De forma enfática, com riqueza de fontes e depoimentos, o autor apontou “o caráter manipulador dos grandes conglomerados de comunicação e a forma como falseiam escancaradamente a realidade, sempre silenciando na tentativa de absolver os criminosos e transformar as vítimas em culpadas”.

PELO DIREITO À VIDA

“Solidarizar-se com o povo palestino é defender a liberdade, o direito à vida, o direito de se constituir enquanto nação independente e soberana. É dizer não ao assassinato de homens, mulheres e crianças. É dizer não ao ódio”, afirmou Francisco Alano, presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio no Estado de Santa Catarina (Fecesc), entidade que sedia o evento.

Em Florianópolis a mesa será dividida com o professor palestino Mohamed Hussein e coordenada pelo historiador Waldir Rampinelli, do Instituto de Estudos Latino Americanos da Universidade Federal de Santa Catarina (IELA-UFSC).

Na avaliação de Rampinelli, “em seu livro Leonardo Severo nos apresenta uma grande reportagem,  muito bem fundamentada, sobre o genocídio praticado contra os indígenas maias no país centro-americano com a assessoria do Estado de Israel. A venda de armas e munições, o treinamento de soldados em terras israelenses, a vinda de assessores  para a Guatemala são todas estratégias para se matar mais gente com um grau de terror maior”. “Noam Chomsky, em 1984, afirmou que nenhum regime se pareceu tanto aos nazistas por sua brutalidade e seu sadismo que os guatemaltecos dos anos 1970/80”, sublinhou.

Em Porto Alegre, além de Leonardo, a mesa “A luta da Palestina pelo seu Estado Nacional, contra o genocídio e a limpeza étnica” contará com a participação de Gabi Tolotti, presidente do PSOL-RS e integrante da Flotilha da Liberdade; e Lejeune Mirhan, sociólogo e analista internacional, com a mediação de Juçara Dutra, ex-presidente do PT-RS e Raul Carrion, historiador e membro da Comissão Política do PCdoB-RS.

“PALESTINIZAÇÃO DO TERRITÓRIO MAIA”

Em sua apresentação do livro, o pesquisador do Escritório de Direitos Humanos da Arquidiocese da Guatemala, Raúl Nájera, recorda que “oficiosamente alguns militares falaram em Palestinização do território maia na Guatemala, pelo fato de grupos paramilitares israelenses comandarem suas práticas de assassinato massivo, racista e de desaparições forçadas”. “Esta é a história que nos une, da Guatemala à Palestina, o genocídio em curso contra nossos povos, bem como a memória das lutas pela vida e pelo direito ancestral de defendê-la”, frisou.

Como recorda o editor da Diálogos do Sul Global e veterano jornalista Paulo Cannabrava Filho, “há uma guerra sendo travada contra a memória, contra a soberania dos povos, contra o direito à autodeterminação. E essa guerra é midiática, cultural e simbólica”. Por isso, assinalou Cannabrava, “livros como este são ferramentas de luta. São munição para os que não aceitam viver ajoelhados. São também um chamado à consciência: ou escolhemos o lado dos que resistem, ou seremos cúmplices dos que massacram. Leonardo escolheu o lado certo. E neste livro nos convida a fazer o mesmo”.

FLORIANÓPOLIS – SC

Quarta-feira (5 de novembro) – 19h

Auditório da FECESC – Avenida Mauro Ramos, 1624 – Banco Redondo

Promoção: IELA/UFSC – CEBRAPAZ – FECESC – CUT – CTB

PORTO ALEGRE-RS

Sexta-feira (7 de novembro) – 18h30

Auditório da Federação dos Comerciários do Rio Grande do Sul

Rua dos Andradas, 943 – 7º andar

(A uma quadra da Feira do Livro)

Transmissão Youtube pelo Canal da Geopolítica e TV Pão com Ovo

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