“As estatais brasileiras tiveram lucros somados de R$ 197 bi em 2023, dos quais R$ 49 bi foram para a União na forma de dividendos e participações. Dizer que o conjunto das estatais seria ‘custosamente mantido’ pelo Estado é mentira grosseira”, destacou a presidente do PT
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, criticou neste domingo (25) o editorial do jornal Folha de São Paulo que defendeu a privatização da Petrobrás, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Em total desacordo com a realidade, o órgão de imprensa paulista afirmou que as estatais são “custosamente mantidas pelo Estado”.
“As estatais brasileiras tiveram lucros somados de R$ 197 bi em 2023, dos quais R$ 49 bi foram para a União na forma de dividendos e participações. Petrobras, BB e Caixa foram responsáveis por R$ 170 bi desse lucro”, disse a deputada. “Diante desses números, dizer que o conjunto das estatais seria “custosamente mantido” pelo Estado é mentira grosseira”, acrescentou a parlamentar.
A líder do PT afirmou que “é justamente sobre estas três que a Folha, em seu editorial de capa, escancara a cobiça privatista no editorial desavergonhado deste domingo”. “Afirmar que as privatizações feitas pelos governos neoliberais foram “bem-sucedidas”, diante de descalabros com o serviço de energia de São Paulo ou de escândalos como o subfaturamento da Vale e da Eletrobrás é menosprezar o bom-senso”, destacou a dirigente do PT, acrescentando que “o entreguismo da Folha evidencia que o jornal está a serviço de poderosos interesses, mas não do Brasil”.
Entre os trechos do editorial criticados pela deputada está o que diz que “nesse conglomerado anacrônico, apenas três gigantes – Petrobrás, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – reúnem em torno de si 75 subsidiárias no Brasil e no exterior. Quase dois terços, portanto, do universo das estatais federais. Esse aparato é custosamente mantido sob o comando do Estado”. A parlamentar desmonta com números essa afirmação.