O jornalista palestino, Yasser Murtaja, foi assassinado pelas forças israelenses (denominadas Forças de Massacre de Israel pelo jornalista israelense Gideon Levy, colunista do jornal Haaretz).
Murtaja usava um colete com a palavra PRESS (imprensa) estampada, como se vê na foto logo depois de atingido pelas balas de atiradores israelenses.
Outros quatro jornalistas foram feridos a tiros com munição viva na cobertura das manifestações que tiveram início no Dia da Terra, 30 de março.
Murtaja, que tinha 30 anos, recebeu um tiro no abdome na sexta-feira (dia 6) e veio a falecer no dia seguinte. Ele estava a 350 metros de distância da cerca que divide Israel da Faixa de Gaza.
Porta-voz do exército israelense disse que não “há a intenção de atirar em jornalistas” e que “vão investigar”.
Murtaja era conhecido por tirar fotos com apoio de drone. O ministro israelense, Avigdor Lieberman, preferiu responder com insolência: “Eu não sei quem é e quem não é fotografo. Qualquer um que opere drones sobre soldados das Forças de Defesa de Israel tem que entender que está se colocando em risco”.
Milhares participaram do funeral do jornalista.
O fotógrafo da TV palestina, Al Aqsa, Khalil Abu Athra, também ficou ferido quando na área de Rafah, da Faixa de Gaza, filmava os confrontos. O Sindicato dos Jornalistas Palestinos acusou os israelenses de ferirem os jornalistas intencionalmente para impedir a documentação do massacre.
Nesta sexta-feira, houve novas marchas e queima intensa de pneus perto da fronteira. Os soldados seguiram atirando. Morreram mais 9 palestinos, totalizando 29 mortos desde o início dos atos que têm a denominação de “Marcha do Retorno”, onde se reivindica o direito dos palestinos expulsos pelo terror em 1948 poderem voltar a seus lares e aldeias.
Dentro das fronteiras de Israel, na aldeia de Sakhnin, na Galiléia, 1.500 demonstraram solidariedade aos mortos e feridos em Gaza. O líder árabe, Mohammad Barakeh, declarou que “esta demonstração é nossa resposta à ocupação” e que “Gaza não se renderá aos tanques, aos canhões ou à ocupação”.
Em instrução a seus representantes na ONU, junto à Liga Árabe e União Europeia, o presidente palestino, Mahmud Abbas, orientou que solicitassem a todos os organismos a tomada de medidas para “deter os crimes de Israel de matança deliberada de manifestantes desarmados por parte de uma força de ocupação”.
Em instrução a seus representantes na ONU, junto à Liga Árabe e União Europeia, o presidente palestino, Mahmud Abbas, orientou que solicitassem a todos os organismos a tomada de medidas para “deter os crimes de Israel de matança deliberada de manifestantes desarmados por parte de uma força de ocupação”.
NATHANIEL BRAIA