Forças Armadas aplicarão sanções em militares que participaram da trama golpista

Assim que se tornarem réus começarão as punições (Foto: José Cruz - Agência Brasil)

A cúpula das Forças Armadas pretende aplicar sanções contra Jair Bolsonaro e outros militares que se tornarem réus por envolvimento no plano golpista gestado no antigo governo. As informações são de Malu Gaspar, do jornal O Globo.

Depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgar e aceitar as denúncias oferecidas pela Procuradoria-Geral da República (PRG), as Forças Armadas podem colocar os militares que virarem réus na condição “sub judice”.

Dessa forma, eles ficam impedidos de serem promovidos, transferidos, receberem licenças e fazerem cursos. “É como se eles ficassem congelados”, disse um general à coluna de Malu Gaspar.

Um general explicou que “a situação administrativa dos militares só muda após a aceitação das denúncias. Nesse caso eles ficam impedidos de serem promovidos e transferidos”.

O desligamento total dos militares, assim como uma abertura de investigação criminal interna, está previsto somente quando o caso tenha transitado em julgado, isto é, quando acabarem as possibilidades de recurso no processo.

Enquanto isso, o Exército decidiu que não vai se posicionar ou tomar qualquer providência antes que as denúncias dos militares que a compõem sejam aceitas.

O Supremo marcou para o dia 25 de março o julgamento sobre as denúncias de um primeiro grupo, do qual fazem parte, além do ex-presidente Jair Bolsonaro, outros cinco militares. São eles:

ex-presidente Jair Bolsonaro, capitão;

ex-ministro da Casa Civil e candidato a vice de Bolsonaro Walter Braga Netto, general;

ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, general;

ex-comandante da Marinha Garnier Santos, almirante;

ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, general;

ex-ajudante de ordens da Presidência Mauro Cid, tenente-coronel

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