
As tropas de Israel deixaram cinco bebês palestinos morrerem em um hospital infantil na Faixa de Gaza após forçar a retirada de médicos e pacientes prometendo cuidar das crianças. Imagens e relatos mostram corpos dos bebês já em estado de putrefação.
O caso ocorreu no Hospital Al-Nasr, na cidade de Gaza, que fica ao norte da Faixa.
Os israelenses cercaram o hospital e forçaram que todos os funcionários e pacientes saíssem. Cinco crianças prematuras que precisavam de cuidados intensivos não poderiam ser evacuadas pois correriam risco de vida.
Segundo o diretor do hospital, Mustafa Al-Kahlot, um oficial de Israel disse que essas crianças seriam transferidas para outro local onde seriam cuidadas.
Com a trégua negociada entre Israel e Hamas, jornalistas puderam entrar no Hospital.
Foi então que Muhammad Baalousha, do Al-Mashhad, jornal dos Emirados Árabes, foi a uma enfermaria e se deparou com os corpos dos bebês em putrefação. O jornalista filmou a cena e seu vídeo viralizou nas redes sociais junto com denúncias sobre o genocídio que Israel está realizando.
A evacuação ocorreu no dia 10 de novembro, depois de Israel bombardear os arredores do hospital, atirar contra ele e cercá-lo com veículos de guerra.
A ONG que atua em defesa dos direitos humanos, a Euro-Med Human Rights Monitor, que é sediada na Suíça, pede que o exército de Israel “seja responsabilizado pelo caso”.
A organização também pede que seja formado um comitê internacional para uma investigação independente.
Os bombardeios e o avanço terrestre de Israel forçaram o fechamento dos hospitais na região norte da Faixa de Gaza, que era a mais populosa.
Esses locais também estavam sendo utilizados para abrigar refugiados que deixaram suas casas. No hospital al-Ahli, também na cidade de Gaza, mais de 470 refugiados e pacientes morreram por conta de um ataque a míssil.