A cidade de Artyomovsk, no epicentro de estratégico entroncamento rodo-ferroviário no Donbass, foi libertada das tropas do regime de Kiev, conforme anunciou o chefe das operações russas no local, Yevgeny Prigozhin.
“Até o meio-dia [06h00, no horário de Brasília] de 20 de maio, Artyomovsk, a última seção do prédio de vários andares chamado avião foi completamente tomada”, afirmou Prigozhin, chefe do Grupo Wagner, que se integrou às forças russas na região.
“E obrigado a Vladimir Putin por nos dar essa oportunidade e a grande honra de defender nossa pátria”, sublinhou Prigozhin, em referência ao presidente da Rússia.
Artyomovsk se constitui em um centro de transporte que era utilizado até aqui para o abastecimento das tropas ucranianas que atuam na região do Donbass, região que tem como principais cidades Donetsk e Lugansk, na qual suas populações decidiram se desligar do regime discriminatório de Kiev, e avança para a libertação depois que a região e seus habitantes se viram sob ataques e ameaças por sua fala e cultura russas, herdada de pais e avós.
Em referendos nas duas cidades (Donetsk e Lugansk, agora capitais das Repúblicas Populares de mesmo nome) e em outras da região do Donbass, a ampla maioria decidiu se incorporar à Federação da Rússia, uma vez que até a sua língua majoritária foi criminalizada pelo discricionário regime de Kiev, que, aliás, chegou ao poder com a destituição do governo legal da Ucrânia, através do golpe de 2014, com apoio e intervenção direta da Casa Branca.
Prigozhin agradeceu o apoio militar dos generais Sergei Surovikin e Mikhail Mizintsev, que “tornaram possível esta difícil operação”.
Segundo ele, os combates aconteceram por um largo período de 224 dias e agora o anúncio da libertação demarca que “tomamos toda a cidade – todos os seus prédios – de forma que ninguém pode afirmar que nós não estamos em qualquer pequena parte da cidade”.
A vitória da Rússia frente ao regime fantoche instalado em Kiev é essencial para a construção do mundo multipolar.