Forças ucranianas bombardearam a cidade de Donetsk, que agora integra a República Popular de Donetsk. Há registro de três vítimas fatais, uma senhora de 85 anos e dois homens. A agressão ocorreu na terça-feira (10).
O criminoso ataque ucraniano utilizou cerca de 30 mísseis dos equipamentos Grad e Uragan e deixou ainda pelo menos quatro civis feridos, incluindo uma criança de nove anos de idade.
O bombardeio aconteceu no distrito de Kievsky, na região oeste de Donetsk, e atingiu lojas de roupas e um apartamento. Tanto as lojas quanto o apartamento pegaram fogo.
A rua que foi bombardeada é ladeada apenas por lojas, não havendo qualquer instalação militar que pudesse estar sendo o alvo do ataque ucraniano. Vinte metros atrás das lojas, está o prédio residencial de oito andares que também foi atingido.
As vítimas da agressão ucranianas foram registradas pelo Centro Conjunto de Controle e Coordenação do Regime de Cessar-fogo (JCCC).
Bombas de fragmentação, que são proibidas por acordos internacionais, foram utilizadas no ataque a civis. O estrago só não foi maior porque parte dos mísseis foi interceptada pela defesa antiaérea de Donetsk.
As bombas de fragmentação lançam dezenas de bombas menores direções aleatórias quando se aproximam do alvo. Restos de mísseis foram encontrados nas proximidades de um hospital de traumatologia e ortopedia e no microdistrito de Tekstilshchik.
A região de Donetsk, onde a maioria da população fala a língua russa, é atacada pelo governo de Kiev desde o golpe de Estado de 2014.
Sua população reivindicava maior autonomia, ainda sendo parte da Ucrânia, mas o governo optou por perseguir as lideranças e atacar a região, usando, inclusive, grupos neonazistas como o Batalhão Azov.
Depois de dois acordos rasgados por Kiev e oito anos de agressões impiedosas, os que pediam autonomia fundaram a República Popular de Donetsk e, ao lado, a de Lugansk.
No vídeo, lojas em chamas:
O uso de bombas de fragmentação por parte do Exército ucraniano contra sua própria população é registrado desde 2014, segundo a Humans Right Watch. Em relatório daquele ano, a organização afirmou que “há fortes evidências que as forças do governo ucraniano foram responsáveis por vários ataques com bombas de fragmentação no centro de Donetsk”.
