O ano de 2020 foi perverso para milhões de pessoas que perderam seus empregos e rendas. Os mais ricos, no entanto, ficaram mais ricos no ano da pandemia.
Enquanto no Brasil mais da metade das pessoas em idade de trabalhar ficaram sem emprego e milhões ficarão sem renda nenhuma por conta do fim da renda emergencial, o homem mais rico do país, Jorge Paulo Lemann, não só não sentiu prejuízos como agregou à sua fortuna 252 milhões de dólares.
Lemann, um dos donos da Ambev, tem fortuna estimada em 23,8 bilhões de dólares, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg, figurando em 66ª posição.
O ranking apurou que as fortunas das pessoas mais ricas do planeta ficaram 31% maior no ano passado – somando 1,8 trilhão de dólares, valor nunca antes alcançado em um ano desde que a lista foi criada.
Os 500 maiores bilionários somam assim, uma fortuna estimada em 7,6 trilhões de dólares, valor superior ao Produto Interno Bruto (PIB) do Japão, o terceiro país mais rico do mundo, e quatro vezes maior que o PIB do Brasil.
Na lista dos que viram suas fortunas crescerem enquanto a maioria da população se tornava mais pobre estão o diretor executivo da montadora Tesla e da SpaceX, Elon Musk e Bill Gates, respectivamente, segundo e terceiro homens mais ricos do mundo.
O presidente da Amazon, Jeff Bezos, enriqueceu US$ 76,9 bilhões em 2020, o segundo maior crescimento entre os bilionários, o que lhe garantiu o status de pessoa mais rica do planeta, posto que já ocupava no fim de 2019. Com a explosão do comércio eletrônico durante a pandemia, hoje a fortuna de Bezos é de US$ 191,8 bilhões.