Os grupos militares neonazistas da Ucrânia, como o Batalhão Azov e o Setor Direita, atuam, recrutam e fazem abertamente propaganda nazista no país, utilizando até mesmo as redes sociais para difundir símbolos e ideais supremacistas.
O Batalhão Azov foi fundado em 2014, ano em que o presidente eleito foi deposto por um golpe, apoiado e estimulado pelos Estados Unidos com prevalência de ideais supremacistas e anti-russos e ideias direitistas entre os sediciosos.
Com a posse de uma junta impregnada de neonazistas, no mesmo ano, o Azov foi incorporado pelas Forças Armadas, passando a ser financiado diretamente pelo Estado ucraniano. Assumindo plenamente sua identidade ideológica, o grupo utiliza um símbolo nazista como brasão, mas isso não foi empecilho para que passasse a ser um órgão oficial da Ucrânia.
Seu brasão é um simples espelhamento do símbolo da 2ª Divisão Panzer Das Reich, organização militar da Alemanha nazista. Outra marca nazista incorporada pelo Azov é o Sol Negro (ligado ao esoterismo que foi adotado como um dos símbolos do nazismo). O Sol Negro é muitas vezes visto no uniforme de elementos do Batalhão Azov.
O grupo, membro oficial do Exército da Ucrânia, realiza paradas militares, tem centros de treinamentos e faz acampamentos infantis. Tudo isso sem sequer esconder os símbolos nazistas. Suas atividades podem ser vistas em seu próprio Twitter, onde não fez a menor questão de escondê-los, os ostenta em seus desfiles, como podemos ver:
Um documentário feito pelo The Guardian sobre o acampamento do Batalhão Azov pode ser visto em:
Outro grupo nazista que atua livremente na Ucrânia é o “Setor Direita”. Nas suas redes sociais, que funcionam sem nenhuma restrição, mesmo com a presença de símbolos supremacistas, pode-se ver sua organização e treinamento.
Seu brasão é uma cópia do símbolo da Organização Nacionalista Ucraniana (OUN), que era liderada pelo colaboracionista da invasão nazista, Stepan Bandera.
Bandera ajudou os nazistas, durante a 2ª Guerra Mundial, a assassinar milhares de poloneses, em nome de uma suposta ‘libertação’ da Ucrânia.
O Setor Direita participou do massacre em Odessa, onde 42 pessoas foram assassinadas por defenderem a aliança entre a Ucrânia e a Rússia.
Assim como o Batalhão Azov, o Setor Direita recebeu armas do governo da Ucrânia. O grupo também faz treinamento militar para crianças.
Um dos líderes do movimento neonazi e comandante de regimentos armados, Dmytro Kotsyubaylo, foi condecorado, pelas mãos do presidente Volodymyr Zelensky como “Herói da Ucrânia”.
Vejam como, no centro de Kiev, capital da Ucrânia, o Setor Direita realiza desfiles militares.
Há ainda o Batalhão Aidar, fundado em 2015 e incorporado pelo Exército da Ucrânia. Atualmente, 24º Batalhão de Assalto do Exército ucraniano. Por ordem do governo ucraniano, os neonazistas combateram os grupos separatistas do Donbass. Ficaram conhecidos por decapitar seus inimigos, como fazia o Estado Islâmico.
Uma de suas “militantes”, Vita Zaverukha, chegou a ser chamada de “nova Joana D’Arc” por revistas ocidentais, foi presa depois de ser flagrada assaltando o escritório de uma empresa russa na Ucrânia.
Vídeos mostram Zaverukha disparando com um míssil contra uma vila do Donbass apenas por diversão.
Em dezenas de fotos, a garota posa com camisetas com a suástica e com armas de seu grupo, que continua atuando.
Um soldado que está atuando no Exército da Ucrânia, Andriy Cherny, e utilizando equipamentos enviados pela Otan para as tropas, carrega no peito o símbolo da 3ª Divisão Totenkopf, polícia hitlerista que atuava nos campos de concentração.