A greve começaria nesta segunda-feira (7). Até agora, não há um sinal sequer de adesão à paralisação dos bolsonaristas. “Vamos lutar contra a instalação do comunismo”, dizia uma das mensagens
Os lunáticos que fecharam estradas e foram para os quarteis pedir que os militares dessem um golpe de Estado contra a vitória de Lula nas eleições decidiram convocar uma greve geral para esta segunda-feira (7). Até o momento, não há um sinal sequer de adesão à greve convocada pelos derrotados na eleição e os protestos nas estradas perdem força.
FECHE SUA EMPRESA
O tom das mensagens indicava a intenção de criar um “locaute”, tática proibida pela legislação em que empresas entram em greve. Através de grupos de WhatsApp e Telegram, os inconformados com a vitória de Lula (PT), inclusive os grupos abertamente nazistas, estão pedindo a adesão de empresários alinhados ao atual governo.
“Feche sua empresa, indústria, fábrica e comércio. E vamos lutar contra a instalação do comunismo”, diz uma das mensagens. Segundo a colunista Thaís Oyama, do UOL, “a greve dos bolsonaristas fracassou”.
“Sem qualquer registro de paralisação relevante no país, é possível dizer que a tal greve geral, convocada por bolsonaristas, fracassou”, disse a jornalista. Realmente, não há sinais de paralisação em nenhum ponto do país, a não ser alguns poucos pontos de interdição de estradas em alguns estados.
ESTRADAS LIBERADAS
Atualmente, de acordo com a PRF), apenas duas estradas estão com pontos de bloqueio, sendo uma em Vilhena (RO) e outra em Altamira (PA).
Em seguida, as vivandeiras de quartel – como eram chamados os apoiadores do golpe de 1964 – direcionaram os protestos pela derrota para bases militares, como o Comando Militar do Sudeste, em São Paulo (região do Ibirapuera), o Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro (praça Duque de Caxias), o Quartel General do Exército, em Brasília, além de tiros de guerra, brigadas militares, bases aéreas e quartéis em cidades pelo país.
No fim de semana, dezenas de grupos ocuparam as frentes dos quarteis para implorar por um golpe militar contra as eleições. Em nenhuma delas houve adesão de militares aos protestos.
Numa dessas bases, os apoiadores de Bolsonaro e do golpe chegaram ao ridículo de comemorar o aparecimento de uma carreta que eles acharam que era a chegada das armas para a tão aguardada “intervenção federal”. A cena é patética porque mesmo com os aplausos e gritaria dos esganados, a carreta entrou no quartel e deixou os bolsonaristas decepcionados, falando sozinhos e sem as armas.
FAKE NEWS ANIMOU BOLSONARISTAS
Em outro ato, um orador informou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, tinha acabado de ser preso em flagrante. Houve uma histeria coletiva e os lunáticos comemoraram como se fosse um gol de seu time. Logo em seguida, a notícia foi desmentida e veio a depressão geral. Era mais uma fake news produzidas pelos próprios bolsonaristas e os idiotas acreditaram.
Como não conseguiram a adesão de nenhum militar para o golpe, a organização da greve fracassada, feita pelo Movimento Nacional Resistência Civil (MNRC), grupo que se diz composto por “lideranças de movimentos civis e juristas”, decidiu convocar a greve geral como última cartada. “Não estamos contestando as eleições somente, mas sim as violações constitucionais que ocorreram e estão ocorrendo”, afirma Léo Souza, coordenador do MNRC. A ideia foi um fiasco.
CAMINHONEIROS RECHAÇARAM GOLPISTAS
Além disso, as principais lideranças dos caminhoneiros se manifestaram contra a manipulação da categoria por empresas que quiseram tumultuar as eleições. Eles disseram que são contra os bloqueios de estradas em protesto contra o resultado das eleições e denunciaram que interesses antidemocráticos estavam por trás dos arruaceiros que fecharam as estradas pelo país.
A medida tresloucada de bloqueios totais das estradas, além de golpista, foi uma medida altamente antipática. Ela trouxe grandes prejuízos aos brasileiros, tanto cidadãos, quanto empresas. Ambulâncias foram impedidas de circular, remédios foram proibidos de serem transportados e de chegar a hospitais e postos de saúde. Caminhões foram barrados e impedidos de abastecer de alimentos os supermercados e centros atacadistas. Postos de gasolina ficaram sem combustível e cidades sem abastecimento alimentar.