
França, Espanha e Alemanha pediram, na sexta-feira (27), em defesas separadas, durante reunião do Conselho Europeu, uma “trégua humanitária” para proteger os civis na Faixa de Gaza diante dos bombardeios israelenses e a libertação de reféns detidos pelo grupo palestino Hamas. Na Assembleia Geral da ONU na sexta-feira (27), vários países europeus, inclusive muitos deles apoiadores de Israel, votaram a favor da Resolução jordaniana pelo cessar-fogo na Faixa de Gaza. Entre eles, França, Espanha, Portugal, Irlanda, Noruega, Montenegro, Eslovênia e Bósnia.
“Acreditamos que agora é necessária uma trégua humanitária capaz de proteger aqueles que estão no terreno e sofreram bombardeios”, disse o presidente francês, Emmanuel Macron, no final do encontro do CE, que se reuniu em Bruxelas nos dias 26 e 27 de outubro.
O chefe de Governo da Espanha, Pedro Sánchez, observou que havia uma “dúvida legítima” sobre se Israel estava respeitando o direito humanitário internacional nos seus bombardeios e no bloqueio praticamente total de Gaza.
Para o presidente espanhol, as imagens que mostram civis de Gaza sofrendo as consequências dos bombardeios, incluindo crianças, são “absolutamente inaceitáveis”.
Sánchez insistiu na ideia de uma conferência internacional de paz para resolver o conflito entre israelenses e palestinos, que foi apoiada por toda a União Europeia (UE).
O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, apoiou o cessar-fogo exigido pela UE para abastecer a população civil de Gaza. “Especialmente para os nossos amigos israelenses, é absolutamente claro: o sofrimento da população civil em Gaza não deve ser ultrapassado”, declarou Pistorius.
Os líderes europeus, na instituição da UE que define as orientações e prioridades políticas da região, defenderam, na quinta-feira (26),. a implementação de “corredores humanitários” e a adoção de “pausas por necessidades humanitárias”, em uma formulação que consumiu longas negociações, segundo a AFP.
Na parte das Conclusões da cúpula, dedicadas ao conflito, os líderes da UE salientaram a urgência de ajudar os civis de Gaza “por todos os meios necessários, incluindo corredores humanitários e pausas para necessidades humanitárias”.