Somando forças, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) e os Coletes Amarelos levaram centenas de milhares de manifestantes às ruas das principais cidades francesas para exigir do governo melhores salários, em defesa dos direitos dos aposentados e por justiça fiscal.
Conforme o secretário-geral da CGT, Philippe Martinez, os atos do dia 5 aconteceram em cerca de trinta departamentos, somando mais de 200 marchas espalhadas por todo o país.
Além da concentração em Paris, os atos se multiplicaram de Lille a Marselha, passando por Brest, Bordeaux, Lyon, Caen, Toulouse, Saint-Etienne e muitas outras cidades, por todo o país, em ações unitárias dos “desfiles amarelos e vermelhos”, selando uma determinação que é fundamental para o êxito do movimento, que até então marchava separado.
Um dos exemplos que repercutiram positivamente ocorreu no mercado internacional de Rungis, região parisiense em que cerca de 300 “Coletes Amarelos” e ativistas com bandeiras da CGT bloquearam o local para denunciar os abusos do governo e exigir mudanças imediatas na política econômica, arrancando aplausos da população,
“Pouco a pouco, o processo de unidade avança”, comemora Philippe Martinez, destacando o significado deste passo, que retrata uma maior sintonia e uma melhor compreensão.
“No início, houve desconfiança em ambos os lados, pouco a pouco, a convergência é feita”, concorda Aurélie Trouvé, porta-voz da Attac (Associação pela Tributação das Transações Financeiras para Ajuda aos Cidadãos).