Atendendo a determinação da União Europeia e seu órgão estatístico, o Eurostat, a França anunciou uma revisão no cálculo do PIB para incluir o dinheiro do tráfico de drogas.
No início de 2013, o Eurostat decidiu que as receitas do tráfico de drogas e da prostituição são produzidas através de transações comerciais livremente conduzidas no mercado e, portanto, devem ser integradas às contas nacionais. Itália, Espanha, Grã-Bretanha e outros países já atenderam à decisão, o que resultou em aumento dos respectivos PIBs.
Com certo atraso, a França está se adequando às melhoras práticas em vigor na UE quanto à determinação do PIB. Agora o Instituto nacional de estatística francês, o INSEE, anunciou que o dinheiro do tráfico será contabilizado para efeitos do PIB.
Por uma divergência metodológica com o Eurostat, o INSEE não incluirá as receitas da prostituição no cálculo do PIB, argumentando que é impossível determinar se os profissionais do sexo concordam livremente com os atos que realizam por dinheiro. Dilemas do neoliberalismo de cunho social. As agências de notícias asseveraram ainda que o cálculo do dinheiro obtido no tráfico será feito de acordo com estimativas de especialistas consideradas “bastante precisas”.