“O presidente entendeu o que eu propus. Eu saio convicto que vai se formatar”, afirmou o ex-governador
Em reunião realizada nesta terça-feira (22), em São Paulo, entre o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), houve, segundo a opinião de França, um “avanço” na busca de uma unidade para as eleições, tanto estadual como a nacional deste ano. Tanto Márcio França (PSB) quanto Fernando Haddad (PT) são candidatos ao governo do estado.
O candidato do PSB afirmou que apresentou a Lula sugestões de métodos de avaliação de quem estaria em melhor condição de vencer a eleição e que o ex-presidente entendeu bem o que ele argumentou. “O presidente compreendeu meus argumentos. PSB e PT têm tendência a caminhar juntos no Brasil. Em São Paulo, ele irá conversar com o Haddad e Gleisi”, afirmou França.
O ex-governador considera importante que haja uma candidatura única para a disputa de São Paulo. “Uma disputa com duas candidaturas afastaria os partidos. Ninguém vai para um debate e para uma disputa para perder”, destacou. “Na prática, como você tem dois quadros mais relevantes e experientes, quem sabe a gente consegue formatar. Eu saio convicto que vai formatar, prosseguiu França.
Apesar de considerar difícil resolver os entraves para a construção da federação envolvendo os dois partidos e mais PCdoB e PV, a opinião de França de que há espaço para o entendimento em São Paulo e de que haverá um esforço de sua parte para a construção de uma só candidatura dos dois partidos, o que, na prática, significaria um avanço também em relação à federação, já que um dos maiores empecilhos à federação continua sendo a situação de São Paulo.
O empenho de Márcio França em encontrar um mecanismo que consiga aferir com precisão quem tem mais chance de vencer no estado e a disposição de Lula de promover essa discussão com Haddad e Gleisi significaram, na avaliação de França, um grande avanço em costurar a unidade entre os dois partidos para o enfrentamento com o adversário principal, Bolsonaro, e a defesa do campo democrático. “O que nos une é a democracia. Nosso campo é o da democracia e o outro é o campo antidemocrático”, afirmou o socialista.