A multinacional francesa Total comprou a rede mineira de postos de combustíveis Zema, dono de cerca de 300 postos e lojas de conveniência, boa parte em Minas Gerais, além de Goiás e Mato Grosso.
A empresa pertencia à família do governador eleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que apoia e foi apoiado por Bolsonaro. O valor do acordo que desnacionalizou a rede de postos não foi informado oficialmente, mas analistas do setor projetam que o negócio pode ter chegado até R$ 500 milhões.
A operação é o primeiro passo para a entrada da petroleira francesa no mercado de distribuição de combustíveis no território brasileiro, que registra um faturamento de R$ 2,5 bilhões anuais. A múlti francesa já arrematou parte do petróleo do Campo de Libra, no primeiro leilão do pré-sal em 2013. E, no início deste ano, em mais um leilão criminoso do patrimônio brasileiro, a empresa comprou ainda direitos de exploração dos campos de Lapa e Iara, na bacia de Santos, também no pré-sal.
Desde 2014, quando quase comprou a distribuidora ALE – que com 4% de participação de mercado ocupa a quarta posição do ranking das distribuidoras de combustíveis – a Total vem procurando entrar no negócio de distribuição no Brasil. A ALE acabou sendo alienada à suíça Glencore, em junho deste ano, em mais uma expressiva desnacionalização. A empresa abastece cerca de 1,5 mil postos de combustíveis.