Franceses protestam contra orçamento de arrocho apresentado por Macron

Foto mostra trecho da manifestação na Place d'Italie em Paris (Fred Tanneau/AFP)

Manifestantes atenderam à convocação da CGT e tomaram as ruas em mais de 200 cidades da França

Manifestantes na França mais uma vez saíram às ruas contra a política de arrocho do presidente, Emmanuel Macron. De acordo com o Ministério do Interior francês, mais de 195 mil pessoas compareceram nos protestos dessa quinta-feira, 2 de outubro.

Em 18 de setembro, outra manifestação, reuniu mais de 500 mil franceses por todo o país contra a política de Macron e em 10 de setembro, cerca de 200 mil franceses atenderam o protesto organizado nas redes sociais chamado de “Bloqueie tudo!”.

Dessa vez, mais de 200 cidades francesas tomaram parte. Em Paris, cerca de 24 mil manifestantes se aglomeraram no Place d’Italie. Eles acusam o governo neoliberal de Macron de adotar medidas que estão destruindo com o poder de compra da classe média e da classe trabalhadora.

“Primeiro de tudo, o que queremos saber é quem será o governo. E então queremos saber qual será o orçamento, e se houver algum contratempo no orçamento, obviamente não vamos deixar passar,” disse Sophie Binet, secretária-geral da CGT.

“Por que estamos protestando agora? Porque sentimos que agora é que as decisões estão sendo tomadas, e queremos ser ouvidos,” ela disse.

Sindicatos de professores, farmacêuticos, servidores públicos, funcionários de hospitais, transportes públicos, estudantes e aposentados querem pressionar o novo primeiro-ministro de Macron, Sebastien Lecornu, a abandonar a política de austeridade defendida pelo governo francês.

Outras exigências são o aumento de impostos para os mais ricos, mais investimentos para os serviços públicos e que o governo reverta a decisão que aumentou a idade para aposentadoria.

A política de austeridade defendida por Macron gerou uma crise política na França, Lecornu é o quinto primeiro-ministro nomeado por Macron desde 2024.

O último, Fraçois Bayrou, caiu no começo de setembro, quando foi derrotado em votação de confiança do parlamento francês, ele tentou aprovar o plano orçamentário para 2026 que cortaria gastos públicos em 44 bilhões de euros e eliminaria dois feriados nacionais, duas medidas muito impopulares entre a população francesa.

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