Ex-presidente foi indiciado pela PF por fraude nos cartões de vacina da Covid-19, juntamente com o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ)
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), comentou o indiciamento da PF (Polícia Federal) contra o ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro (PL), por fraude nos cartões de vacina da Covid-19, chamando-o de “o pai da mentira e especialista em fraude”.
A “fraude sempre foi a especialidade” do ex-presidente, acrescentou Gleisi.
“Mentiu sobre a vacina, mentiu sobre as joias roubadas, as urnas eletrônicas, sobre a conspiração do golpe e o 8 de janeiro. Mente até hoje [19] sobre seu governo nefasto, mas agora vai ter de enfrentar a verdade nos tribunais, porque o indiciamento que a PF mandou hoje [terça-feira, 19] para a PGR [Procuradoria Geral da República] é só o 1º de uma série. E aí, covardão? Vai encarar ou vai fugir para Miami?”, escreveu Gleisi no seu perfil no X/Twitter.
Jair Bolsonaro foi indiciado pela PF por fraude nos cartões de vacina da covid-19, juntamente com o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ).
O processo foi encaminhado para o MPF (Ministério Público Federal), que vai decidir se denunciará o ex-presidente à Justiça ou se arquivará o caso.
DETALHES DO ESQUEMA
A PF deflagrou a Operação Venire, em 3 de maio de 2023, que investiga quadrilha suspeita de inserir dados falsos de vacinação nos sistemas do Ministério da Saúde.
As inserções ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, beneficiando pessoas que emitiram certificados de vacinação falsos para burlar restrições sanitárias.
DADOS
Segundo registros no ConecteSUS, Bolsonaro teria recebido duas doses da Pfizer, com os dados sendo inseridos em dezembro de 2022 e apagados menos de uma semana depois.
Gutemberg Reis, irmão do secretário de Transportes do município onde os dados falsos foram inseridos, também teria recebido certificado de vacinação falso.
OPERAÇÃO VENIRE
A Operação Venire, deflagrada em maio de 2023, investigou a inserção de dados falsos de vacinação nos sistemas do Ministério da Saúde, que resultou na emissão de certificados de vacinação falsos para contornar restrições sanitárias.
Os registros indicam que Bolsonaro teria recebido duas doses da Pfizer, com os dados sendo inseridos e apagados posteriormente.