Para o presidente do Cidadania23, Bolsonaro é “um desnorteado” ao anunciar um projeto dando licença para matar a policiais e declarar que “quem estiver portando uma arma de forma ostensiva, vai levar um tiro”
O presidente do Cidadania23, ex-senador e ex-ministro Roberto Freire, fez um comentário sobre o anúncio de Bolsonaro, na quinta-feira (21), de que enviou ao Congresso um projeto que impede qualquer militar, das Policias Militar e Civil ou Forças Armadas, de receber punições por crimes cometidos durante ações de Garantia de Lei e da Ordem (GLO).
Ao anunciar o projeto, Bolsonaro declarou que “quem estiver portando uma arma de forma ostensiva, vai levar um tiro”.
“Um desnorteado. Prega a liberação de armas e depois anuncia que vai levar tiro quem estiver portando arma. Será um tresloucado?”, questionou Roberto Freire em seu Twitter.
O anúncio foi feito por Bolsonaro durante seu discurso na convenção de lançamento de seu novo partido, o Aliança pelo Brasil.
O envio do projeto para o Congresso Nacional foi confirmado pelo Diário Oficial, mas seu texto ainda não foi divulgado. O projeto define que o militar atua em legítima defesa quando “repele injusta agressão, atual ou iminente, a seu direito ou de outrem”. Um excludente de ilicitude ou licença para matar.
O projeto, de acordo com o Diário Oficial, “estabelece normas aplicáveis aos militares em operações de Garantia da Lei e da Ordem e aos integrantes dos órgãos a que se refere o caput do art. 144 da Constituição e da Força Nacional de Segurança Pública, quando em apoio a operações de Garantia da Lei e da Ordem”.
Na quarta-feira (20), quando comentou sobre o assunto, disse que acha injusto que um policial fique na cadeia porque passou por um “imprevisto”.
Bolsonaro também fez chantagens. Disse que se o projeto não for aprovado pelo Congresso ele ignorará pedidos dos governadores e somente ordenará GLOs que sejam de interesse de seu governo.
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