“Sejamos claros: o esquema das rachadinhas – desvio de dinheiro público para enriquecimento ilícito – era organizado em família”, disse o presidente nacional do Cidadania23, Roberto Freire.
“Como tal, só poderia ter um líder. Quem sabe o desespero de Bolsonaro não é pra salvar os filhos, mas pra livrar a própria cara”, continuou.
Os filhos de Jair Bolsonaro estão sendo investigados por terem feito em seus gabinetes esquemas de enriquecimento ilícito. O caso mais conhecido é o do senador Flávio Bolsonaro que, quando era deputado estadual, tinha seu assessor Fabrício Queiroz como o operador do esquema.
Na “rachadinha” do Flávio, nove funcionários do seu gabinete na Alerj faziam depósitos na conta de Queiroz.
O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeira) identificou uma movimentação de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz entre 2016 e 2017 e de R$ 7 milhões entre 2014 e 2017. Sem ter renda para isso.
Flávio comprava e vendia imóveis com preços fictícios para lavar o dinheiro.
Em 2011, Fernanda Antunes Figueira Bolsonaro, mulher de Flávio, recebeu um depósito em espécie no valor de R$ 25 mil em sua conta por Queiroz. Em outubro de 2018, o assessor de Flávio pagou duas mensalidades escolares, uma de R$ 3.382,27 e outra de R$ 3.560,28 das filhas do casal.
Outro filho de Jair Bolsonaro, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, também empregou assessores fantasmas. Nadir Barbosa Goes, 71, esteve lotada no gabinete de Carlos até o começo de 2019, quando seu pai assumiu a presidência da República. Procurada, ela negou que tenha trabalhado para Carlos.
FAKE NEWS
Através das redes sociais, Roberto Freire disse que o “TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e STF (Supremo Tribunal Federal) têm de pedir ao Facebook as provas que ligam Flávio, Carlos e servidores do Planalto a páginas que espalham fake news e ódio desde a eleição de 2018. Crime eleitoral e corrupção”.
Uma quebra de sigilo já mostrou que um assessor de Eduardo Bolsonaro criou e gerenciou, de dentro da Câmara dos Deputados, uma página no Instagram chamada “Bolsofeios”, que era usada para atacar e caluniar opositores de Bolsonaro.
O e-mail usado para o registro da página era eduardo.gabinetesp@gmail.com, um meio institucional usado para comprar passagens de avião para Eduardo.
A investigação sobre uma rede de contas, páginas e grupos de fake news e difamação de opositores do governo foi derrubada pelo Facebook e pelo Instagram, na quarta-feira (8).
Foi descoberto que o assessor especial da Presidência da República, Tercio Arnaud Tomaz, era o administrador de alguns dos perfis que divulgavam fake news. Ele criou o perfil @bolsonaronewsss usando o e-mail terciotomaz@gmail.com.
Tomaz, que teve sua página no Facebook excluída, administrou as redes sociais de Jair Bolsonaro na eleição de 2018 e também trabalhou no gabinete do vereador no Rio de Janeiro e filho do presidente da República, Carlos Bolsonaro, no cargo de auxiliar de gabinete.
O Bolsonaro e os filhos formaram e organizaram a maior gangue digital do Brasil ou seja grande grupo de malfeitores pagos com o dinheiro público para ameaçar, caluniar, difamar e mentir de forma descarada, desavergonhada contra pessoas e instituições de forma que todos devem serem investigados processados e denunciados, a verdade acima de tudo e a Constituição acima de todos.