Presidente do Cidadania diz que senador “saiu isolado”
O senador Alessandro Vieira anunciou, no último sábado (12), que decidiu se desfiliar do Cidadania, partido em que ingressou em dezembro de 2018, pouco depois de vencer a eleição para o cargo senatorial pelo Estado de Sergipe.
“Ele saiu isolado”, disse Freire, que tratou com relativa normalidade a decisão do senador. “Eu já sabia” que ele iria sair, acrescentou, porque o senador já “havia se ausentados dos debates internos” do partido, ponderou Freire.
Segundo Freire, a decisão de Vieira foi “individual”. No Congresso do Cidadania, realizado recentemente, dos 250 delegados, ainda segundo Freire, Vieira foi “o único que saiu e não votou no diretório”. A direção executiva foi eleita, e ele foi reconduzido, por unanimidade à presidência do partido, disse o presidente do partido.
Em nota, o senador escreveu que a decisão foi tomada após “rompimento do compromisso de renovação” por parte do partido, que alterou o estatuto da legenda e manteve o ex-ministro e ex-deputado federal Roberto Freire no cargo de presidente.
Vieira não informou se já decidiu o próximo partido a que vai se filiar. Por meio da nota, ele escreveu que os próximos passos “serão definidos juntamente com nossos parceiros de construção política em Sergipe e em Brasília, com toda a transparência que caracteriza nosso trabalho”.
“Um dos maiores problemas que enfrentamos no Brasil é o absoluto distanciamento entre o sentimento popular e a conduta das figuras públicas nacionais”, acrescentou o senador em nota.
E acrescentou: “Ao longo destes anos, tenho plena convicção de que representei este sentimento no Senado e também dentro do partido, tendo a coerência, o espírito público e a transparência como princípios norteadores do meu trabalho”.
Em agosto de 2021, Alessandro Vieira se lançou como pré-candidato à Presidência pelo partido para as eleições de 2022. Em janeiro deste ano, ele chegou a dizer aos meios de comunicação que pretendia manter a pré-candidatura mesmo com a possibilidade de federação entre o Cidadania e o PSDB.
A federação foi oficializada em fevereiro, e o PSDB ainda tem o próprio pré-candidato ao cargo, o governador de São Paulo João Doria.