“Agressão a jornalistas, tentativa de censura da imprensa. Incentiva a formação de milícias políticas. Isso não se parece com o fascismo, isso é fascismo”, disse o deputado
O deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ) explicou que abriu mão de sua candidatura à Prefeitura do Rio para “chamar todos aqueles setores, para além da esquerda, que estão comprometidos com a democracia”.
“Projetos pessoais não podem estar à frente dos projetos coletivos de defesa da democracia”, frisou.
Desistir de sua candidatura foi “um gesto para criar um alerta e para buscar uma força política para se relacionar de uma maneira que não conseguiu até agora”, “para ver se a gente consegue unificar um campo de ação em defesa da democracia e que possa derrotar os fascistas”.
“Se nós continuarmos tendo os projetos individuais, os projetos partidários segregando o campo democrático, o fascismo vai ou estabelecer um golpe de estado ou ganhar a eleição de 2022”, alertou em live feita em seu Facebook.
Para ele, “as duas coisas são muito graves porque as duas vão legitimar um poder autoritário, e aí nós vamos viver o pior tempo de nossa história”.
“Precisamos fazer alguma coisa concreta, precisamos de atitude. A atitude é a que eu tomo para ver se a gente consegue conversar em um outro patamar, que não o dos projetos individuais em disputa, fragmentando o campo democrático”.
Marcelo Freixo chegou a disputar o segundo turno das eleições para prefeito do Rio, quando recebeu 40% dos votos. Em 2018, foi eleito deputado federal.
“Espero que a gente consiga ter um pouco mais de maturidade, de juízo diante de um fascismo que é galopante e se estabelece no Brasil a cada dia. O fascismo não é uma ameaça, é uma realidade no Brasil, hoje”, alertou.
“Temos um governo com um projeto fascista. Agressão a jornalistas, tentativa de censura da imprensa. Incentiva a formação de milícias políticas. Isso não se parece com o fascismo, isso é fascismo”, concluiu.