A retomada da posse da sede do Sindicato dos Metroviários foi uma das mais significativas vitórias dos últimos anos do movimento sindical. A avaliação feita para o HP é de Wagner Fajardo, Coordenador Geral da diretoria da entidade.
Para ele, “foi uma luta muito difícil, que começamos a reverter com a participação do Deputado Federal Orlando Silva e Wagner Gomes, nosso dirigente histórico, que infelizmente faleceu no último mês. Wagner arregimentou e sensibilizou para um efetivo apoio todas as centrais sindicais. Com o apoio deles, as portas começaram a se abrir”.
Segundo Fajardo, “conseguimos estabelecer um fórum de negociação com o governo do Estado e as centrais sindicais”. Reconhece que Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores) e dirigente de um partido muito influente no governo do Estado, o PSDB, esteve em todas as negociações e “foi fundamental para sensibilizar o governo”. Ressaltou também o desempenho de Paulinho da Força e do Solidariedade e do vereador do DEM, Milton Leite.
Para Fajardo, “a questão mais fundamental de nossa vitória foi a nossa disposição de resistir. No meio desse caminho nós realizamos uma greve que mostrou que a categoria não iria desocupar sua sede facilmente”.
Em segundo lugar, disse o Coordenador do Sindicato dos Metroviários, “conseguimos montar uma frente ampla em defesa de nosso sindicato, que integrou o DEM na Câmara de Vereadores, envolveu o Cidadania, o Solidariedade, o PT, através do vereador Antônio Donato e do deputado Federal Carlos Zarattini. Para ele, “essa frente ampla juntou todo mundo, da esquerda à direita e conseguiu sensibilizar o governo”.
Fajardo considerou a importância da luta que está se travando em todo o país em defesa da democracia, em que “ao unificar 20 partidos na Frente Ampla, inclusive o PSDB, ficou muito contraditório o ataque ao nosso sindicato”. “Eu tenho convicção em dizer que a luta nosso povo em defesa da democracia e a constituição da Frente Ampla, junto à resistência da categoria, foram fatores determinantes para nossa vitória. O espírito de unidade contra o Bolsonaro, em defesa da vacinação, criou o clima necessário para a conquista”. “Tivemos uma dupla vitória. Além da sede, fechamos por dois anos nosso Acordo Coletivo”, concluiu.