A Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) realizou a última audiência pública sobre a tabela de frete dos caminhoneiros autônomos, na quinta-feira (23), em Brasília. Os trabalhadores defendem que seja criada uma tabela de frete justa que cubra o custo do transporte e garanta aos caminhoneiros condições mínimas de trabalho.
De acordo com a categoria, a tabela com o frete mínimo serve como garantia de sobrevivência para os trabalhadores do setor, e é ainda mais necessária na atual situação do país de economia em retrocesso. “Não é humilhante para os senhores [caminhoneiros] que carregam o Brasil nas costas ter que brigar por aquilo que é só o justo?”, disse Carlos Alberto Litti Dahmer, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Ijuí (RS), vice-presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), e um dos líderes da greve dos caminhoneiros realizada em maio do ano passado.
Um dos principais setores que se opõem à criação da tabela de preços é o do agronegócio, que alega que a definição de um frete mínimo cria uma “situação de insegurança jurídica e é responsável por aumentar os custos para o produtor”.
“Nós estamos aqui mendigando para os senhores que dominam o PIB do país para termos o mínimo, que é o custo. Eu pergunto a qualquer um dos senhores, que são empresários: os senhores vendem a sua produção pelo preço de custo? Não colocam a lucratividade no seu produto? Agora, o transportador autônomo de carga tem que lutar para receber o preço do seu custo?”, indagou Litti.
O dirigente sindical rebateu ainda a afirmação dos empresários de que “as empresas não trabalham com a dignidade humana. A dignidade é problema para o caminhoneiro autônomo”. “Onde vivem essas pessoas que, para continuar com seus lucros exorbitantes, exploram uma categoria menor, exploram uma categoria mais fraca? É para isso que serve o preço mínimo no frete, que numa situação do país como hoje, onde o país está parado, é a garantia de não morrer e poder sobreviver como categoria”.
“No dia 20 de julho, quando for colocada a tabela, o governo precisa garantir que ninguém receberá valor menor do que o estabelecido. Se não, o recado está dado e será confirmado nas ruas”, ressaltou.
Em sua intervenção Litti, também fez duras críticas às ações do governo Bolsonaro que está entregando as refinarias do país ao capital privado. “É uma política que impede a queda do preço do diesel, quando vende as refinarias, quando não usa 60% do refino para baixar o preço do óleo diesel que é o maior custo nessa planilha, que vai até 60%”, afirmou.
É isso ai, falou tudo fazer valer o preço mínimo já da pra ver uma luz no fundo do túnel, o agronegócio está acostumado a ganhar e lucrar em tudo, na compra na venda e no transporte e depois andar de jatinho pra todo lado e agente mendigando. ????
Temos que lutar pelos 40% dos fretes de indústrias e empresas caso isso não aconteça vai ser sempre esse briga constante.
Isso que as autoridades que se dizem competentes estão fazendo com a categoria (subestimar) uma força.
tem q baixar o óleo ñ o frete
Eu ja nao falo mais sobre o frete de tabela,meu carro rsta parado esperando melhora e se nao melhorar vou vender e sair fora fo pais.
Acabando com o tal frete de retorno e os atravessadores isso ajudaria muito.
Tá cada dia mais difícil para a classe , só estão trabalhando transportadora , os autônomos já se encontram parados, não tem fretes , aquela greve passada fez piorar as coisas ,e ainda estão tentando fazer valer tabela de frete mínimo? Se nem frete tem!
Tem que ter uma tabela de preços e não deixar os terceiros sem frete as transportadoras tem que carregar os terceiros e não explora