
Um funcionário de 70 anos da empresa ProGuaru – companhia pública de varrição de ruas que está sendo extinta em Guarulhos, na Grande São Paulo – morreu na manhã desta sexta-feira (10) enquanto esperava na fila para que fosse demitido. A homologação dos ex-empregados da estatal municipal estava acontecendo no CEU Continental, no Parque Continental II quando o homem começou a passar mal.
O homem foi socorrido pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) da cidade que estava no local e que prestou os primeiros atendimentos e acionou o Serviço Médico de Urgência (SAMU).
De acordo com Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública de Guarulhos (STAP), o homem se chama José Benedito Pinto e tinha 21 anos de empresa, era casado e tinha filhos. O corpo foi levado para a UPA Jardim Paulista, de acordo com os sindicalistas.
Em agosto, o prefeito de Guarulho, Guti (PSD) anunciou a extinção da empresa que era responsável pela limpeza de escolas do município. Desde então, os servidores fizeram uma série de protestos na cidade. No lugar da estatal, a prefeitura vai contratar empresas terceirizadas para fazer o mesmo serviço.
“O que o prefeito está fazendo não é só fechar uma empresa e tirar o serviço, ele está tirando um serviço social de muita importância para a cidade. O nosso pedido continua sendo a não extinção da Proguaru, a manutenção dos 4,5 mil postos de trabalho e a oportunidade da empresa mostrar que a empresa é viável”, pontuou Rogério de Oliveira, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal de Guarulhos (Stap).
“A extinção da Proguaru, tramada na calada da noite em dezembro do ano passado, pelo prefeito que jurara manter a empresa, criou um clima de terror entre os empregados – mais de 4,6 mil, imensa maioria de operacionais (braçais), gente simples e pobre, salários de R$ 1.300,00/1.400,00. A tragédia que estava no ar desceu ao nível do chão e fulminou um trabalhador de 70 anos”, disse o sindicato em suas redes sociais.
Para o Stap, “esse crime tem um autor. O autor é Gustavo Henric Costa (Guti), prefeito que decidiu fechar a empresa e aterrorizar os empregados. Esse caixão Guti vai carregar para o resto da vida.
“O Sindicato vai tomar TODAS as providências cabíveis, legais, morais e legítimas”, concluiu o comunicado do Stap.