Os trabalhadores da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) realizaram, na última terça-feira, uma paralisação de 24 horas em todo o estado. A mobilização foi em defesa de dezenas de pautas trabalhistas, por um abono em substituição à Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e contra a terceirização.
Durante a manhã, a categoria fez uma manifestação em frente a sede da empresa, em Belo Horizonte. “É um enfrentamento à política nacional que está arrochando os orçamentos das famílias, principalmente por causa dos derivados de petróleo e da alimentação”, disse Jefferson Silva, coordenador geral do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores da Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro-MG).
Segundo Silva, os trabalhadores estão reivindicando mais de 40 pautas trabalhistas, que envolvem saúde, segurança e assédio moral, um plano de carreira concreto e um abono salarial que substitua o PLR.
Além disso, os eletricitários estão se posicionando contra as terceirizações dos postos de trabalho, que são cada vez mais comuns. De acordo com o Sindieletro-MG, nos dados do Dieese levantados em 1994, a Cemig tinha 17.516 trabalhadores próprios, mas que fechou 2017 com apenas 5.864 contratados direto. A estimativa é, portanto, que a empresa tenha cerca de 20 mil terceirizados.
Por fim, a categoria denuncia que, apesar do aumento das tarifas em 25,87%, a Cemig não faz o menor esforço para dialogar com os trabalhadores. Uma reunião de negociação, que só foi marcada após a paralisação, acontecerá até o fim desta semana.