Os funcionários do Banco Central aprovaram uma nova paralisação, no próximo dia 24, em defesa de reajuste salarial, e prometem entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 9 de março caso não haja uma resposta satisfatória do governo.
Nesta sexta-feira (18), a diretoria do Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) se reúne com o presidente do órgão, Roberto Campos Neto, para cobrar as demandas apresentadas, ressaltando que as perdas salariais dos servidores do BC chega a 20% apenas nos últimos três anos. A entidade afirma que, em relação às “escolhas das instâncias decisórias na distribuição do Orçamento” para 2022, “o que vemos não é a opção pela valorização dos servidores do BC” e que, portanto, o que resta é a mobilização cada vez mais crescente dos servidores.
Os servidores do BC já promoveram duas paralisações e protestos, além da entrega de cargos comissionados, desde que, assim como funcionários públicos dos mais diversos órgãos federais, se sentiram preteridos pelo governo Bolsonaro que prometeu reajuste salarial apenas às carreiras policiais.
O sindicato argumenta ainda que apesar das perdas do funcionalismo, “as boas entregas dos servidores do BC têm sido mantidas ano a ano, mesmo diante do contexto da crise sanitária e da falta de reposição do efetivo. Exemplo disso é o desenvolvimento do PIX, que se mostrou extremamente bem-sucedido. Na prática, temos feito a cada dia mais com menos”.
Portanto, afirma o Sinal, “vamos cobrar da Diretoria do Banco Central uma ação incisiva em defesa da Reestruturação de Carreira e do reajuste”.