Os funcionários do Hospital Universitário da USP (HU-USP) entraram em greve na quinta-feira, 14. Em nota divulgada na última terça-feira, 13, pelo Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), a categoria afirma que a mobilização dos trabalhadores do HU é para denunciar o desmonte da unidade hospitalar realizado pela reitora da universidade.
O movimento denúncia que não existe crise financeira, mas sim um plano deliberado por parte da reitoria da USP e do governo do Estado de passar o HU para a iniciativa privada, ou Organizações Sociais. “A reitoria tanto fez que conseguiu fechar os pronto-socorros adulto e infantil. Tornou a vida dos trabalhadores um inferno com a demissão de 406 funcionários. A população está sem atendimento e os estudantes sem estágio. Nem a mídia pôde esconder a calamidade pública que a reitoria está fazendo”, afirmou o sindicato através de boletim.
A greve dos servidores se soma a um conjunto de protestos e manifestações realizadas durante o ano inteiro por estudantes, médicos e moradores do bairro do Butantã, na zona oeste da capital.
Entre as diversas ações para barrar o fechamento do HU, um grupo de moradores do bairro Butantã está a percorrendo os bairros que necessitam do atendimento do HU-USP para discutir com a população e coletar assinaturas para um abaixo-assinado que pede, entre outros pontos, a contratação imediata de funcionários via da USP. O abaixo assinado já está com mais de 45 mil assinaturas. No mês passado, os estudantes da medicina, enfermagem, e residentes também realizam greve contra o desmonte do hospital. Nesta quinta-feira os funcionários e alunos do HU estarão na Assembléia Legislativa de São Paulo pressionando os deputados a aprovarem a inclusão de uma emenda designando verba por parte do governo para a a manutenção do hospital.