
A Fundação Maurício Grabois realizou, nesta quinta-feira (9), o lançamento do livro iconográfico “Imagens da Centenária História de Lutas do Partido Comunista do Brasil, de 1922 a 2022”.
O documento, que tem mais de 500 páginas, registra, através de fotografias, a história do PCdoB, que completará 100 anos em 2022, e das lutas patrióticas e democráticas em que esteve à frente.
A versão digital do livro pode ser acessada em: www.issuu.com/fmg2022/docs/imagenspcdob100anos
O presidente da Fundação Maurício Grabois e ex-presidente do PCdoB, Renato Rabelo, explicou que muitos partidos comunistas foram fundados na década de 1920, em todo o mundo, por conta da 3ª Internacional Comunista, fundada um ano antes.

“São partidos de princípios, de normas e de programa. Por isso a existência tão longa e tão profícua desses partidos”, comentou.
Rabelo destacou a comemoração dos 100 anos da fundação do Partido Comunista da China (PCCh), que completou seu centenário no presente ano. “É um partido de grande dimensão e está à frente da construção de uma nova civilização”.
Renato Rabelo explicou que a ideia de lançar um livro que reunisse imagens de toda essa história surgiu em 2012, na comemoração dos 90 anos do partido.
No caso do PCdoB, o centenário será completado em 2022. Rabelo acredita que esta longevidade é um “grande feito, um feito extraordinário”. “A própria história do PCdoB é parte significativa da história do Brasil”.
“As imagens falam por si mesmas. São mais de duas mil imagens que retratam até centenas de episódios históricos. Retratam fases históricas importantes. Surgem nessas imagens, lideranças comunistas, patrióticas, progressistas e amigas do PCdoB”, falou.
O presidente da Fundação contou que no livro há um “texto panorama”, que “expressa uma nova síntese da história do nosso partido”.

“Nessa nova síntese, situamos quatro gerações na história do PCdoB, que começam com Astrojildo Pereira, depois Luís Carlos Prestes, depois João Amazonas e a geração atual”, na qual insere o seu período enquanto presidente do partido e o de Luciana Santos, explicou.
Rabelo afirmou que a história do PCdoB tem reflexos dos erros e dos acertos, “não é uma história linear. Não é uma história que se conta apenas pelos êxitos e pelas façanhas, há lições também de avanços e de recuos”.

“Exemplo: o nosso partido cometeu um equívoco de não compreender a dimensão da revolução de 1930, teve, portanto, uma participação pequena e poderia ter um protagonismo maior pela importância que teve este grande acontecimento da história de nosso país”, continuou.
A presidente nacional do PCdoB, Luciana Santos, comentou que o partido vai realizar uma exposição na Câmara dos Deputados como parte da comemoração dos 100 anos de sua fundação. Outra ideia, ainda não confirmada, é produzir um filme.
Luciana destacou que as imagens mostram o “quanto o partido está enraizado nas lutas de nossa gente. É possível ver a diversidade das pessoas que compõem esse mosaico. É um partido, literalmente, com a cara do Brasil”.

Um “marco recente” apontado por Luciana, e agregado ao livro, foi a fusão do Partido Pátria Livre (PPL) com o PCdoB, que “agregou o nosso partido de militantes valorosos e destacados. Registramos o nosso saudoso Sérgio Rubens, que partiu essa semana e fará muita falta nos embates que temos pela frente”.
O evento de lançamento do livro foi mediado pelo jornalista Osvaldo Bertolino, que ressaltou a importância da luta pela democracia na história do PCdoB. O lançamento contou com a participação do historiador Fernando Garcia, que colaborou na produção do livro.

O ex-presidente da Fundação Maurício Grabois, Adalberto Monteiro, disse que em mais de 130 anos de República, “o PCdoB está presente em 100 anos. Nas quatro gerações de comunistas, os comunistas ajudaram a construir o Brasil. Podemos falar isso sem nenhuma forçação de barra”.
“Os comunistas sempre estiveram com os pés no presente e o olho no futuro, nas grandes transformações”.