Em nota, divulgada na última sexta-feira (4), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) cobrou do presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, que, além de capacidade técnica, os diretores da estatal estejam “comprometidos e identificados com o projeto de reconstrução da empresa”.
“O que observamos nos últimos anos é um contingente expressivo de executivos da empresa, senão a maior parte deles, empenhados na destruição da Petrobrás”, lembrou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, ao comentar a indicação de cinco novos membros para a composição da diretoria executiva da estatal, por Paul Prates, anunciada na última quinta-feira (2).
Bacelar afirmou, ainda, que o programa de trabalho de Paul Prates tem muitas das propostas defendidas e ratificadas pelos petroleiros, em reunião na semana passada com o mesmo, na sede da estatal, e que já tinham sido apresentadas ao presidente Lula. No entanto, ele ressalta que “acompanharemos a gestão de Jean Paul Prates e vamos cobrar permanentemente a implantação dessas propostas”, disse o dirigente.
“Para que a Petrobrás volte a ser uma empresa integrada, atuando em todo o território nacional e valorizando seus trabalhadores e a indústria nacional, muitas mudanças terão que ser realizadas na companhia”, defendeu.
Entre as propostas defendidas pela FUP, estão: implementação de uma política de preços de combustíveis que considere os custos nacionais de produção; suspensão dos processos em andamento de privatização de ativos da Petrobrás; aumento da capacidade de refino nacional; desenvolvimento da cadeia de fornecedores nacionais de bens, serviços e de máquinas e equipamentos, contribuindo para o aumento do conteúdo nacional nas encomendas da empresa; e a revitalização do programa de biocombustíveis, da transição energética.
A FUP também irá cobrar da nova administração da Petrobrás a melhoria de direitos dos trabalhadores e a recuperação de perdas salariais e previdenciárias dos petroleiros, além de recomposição do efetivo da empresa – via concursos públicos.
A composição da gasolina nacional afeta a exportação de veículos, porque outros países não utilizam o mesmo padrão, é um motor subdesenvolvido
Não, leitor. A composição da gasolina nacional já não é a mesma de anos atrás. Melhorou muito após a descoberta do pré-sal. Além disso, quem fabrica os motores dos automóveis no Brasil são as mesmas multinacionais que fabricam em outros países – quando não os importam.