O futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, diretor de política monetária, afirmou, nesta segunda-feira (2), que o atual cenário econômico indica para uma política monetária “mais contracionista” por parte da instituição, sinalizando “juros mais altos por mais tempo” no Brasil.
Segundo declarou no evento promovido pela XP, Galípolo disse que diante da economia “aquecida” e de uma moeda mais desvalorizada, é “lógico” a retomada do ciclo de aumento de juros.
O Comitê de Política Monetária se reúne nos próximos dias 10 e 11 de dezembro para definir a nova taxa básica da economia, hoje em 11,25%.
Em reunião na sexta-feira (29/11), desta vez com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Galípolo disse que o BC terá de pisar “mais pesado no freio” sinalizando um novo aumento de juros na reunião do Copom.
Conforme sondagem do Projeções Broadcast do Estadão, das 31 instituições financeiras consultadas, 23 delas passaram a trabalhar com projeção de aumento da Selic em 0,75% ponto percentual, subindo a Selic de 11,25% para 12% ao ano. Incluindo-se nesse grupo Itaú, Citi, Barclays e MB associados.
Outro grupo de sete consultados projeta um acréscimo na taxa básica de 0,50 ponto percentual, enquanto o JPMorgan advoga alta de 1 ponto percentual na próxima reunião do BC.