“A internet precisa ser um espaço seguro, transparente e democrático. E isso só acontece com regulação”, afirma o deputado
O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) denunciou que as plataformas digitais permitem que a internet vire “lugar de golpes, ódio e violência” para continuar lucrando, enquanto fazem lobby nos Estados Unidos e no Brasil para impedir qualquer regulamentação do setor.
“Esta luta que nós travamos há muitos anos precisa seguir. As big techs trabalham apenas para garantir o seu lucro, independente de que isso signifique que a internet vire lugar de golpes, ódio e violência”, afirmou Orlando.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, Orlando falou sobre um jantar entre donos e dirigentes das maiores plataformas digitais e empresas de tecnologia do mundo, como a Meta, Apple, Google, Microsoft e OpenAI, com o presidente dos Estados Unidos.
Veja aqui a fala de Orlando Silva:
https://www.instagram.com/p/DPhSznDiPzn
“Por trás desse jantar estão os interesses das big techs. O que eles estão fazendo se chama lobby. O que parece só um jantar é, na verdade, um esquema para influenciar leis e impedir a regulação de plataformas pelo mundo”, disse.
O deputado citou o dado da Agência Pública de que as big techs gastaram, em 2024, US$ 61 milhões com lobby nos EUA, onde essa prática é legalizada. “O projeto de hegemonia das big techs não é brincadeira”, apontou.
Orlando citou o caso do Projeto de Lei de Combate às Fake News (PL 2.630/20), que tinha sua relatoria, e foi atacado com mentiras pelas empresas e pelos bolsonaristas. “Eles se juntaram todinhos com a extrema-direita, com os bolsonaristas, e pressionaram contra este projeto de lei”.
A tramitação do PL foi atrasada pelo então presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que tirou Orlando Silva da relatoria e criou um grupo de trabalho, que nunca funcionou efetivamente.
“Se lá [nos EUA] o Trump está fazendo jantarzinho com essa gente antidemocrática, aqui o presidente Lula está firme para combater privilégio dessa cambada e seguir lutando para regular as plataformas digitais e garantir a nossa soberania digital”, disse.
Orlando argumentou que “a internet precisa ser um espaço seguro, transparente e democrático. E isso só acontece com regulação”.
